domingo, 11 de janeiro de 2015

Mudanças no dispositivo francês de diplomacia económica: lançamento da "Business France"

Com efeitos a 1 de Janeiro de 2015, o governo de Manuel Valls decidiu efectuar a fusão das duas principais agências envolvidas na promoção internacional da economia e das empresas francesas, ou seja, a  "Invest in France-Agence Française pour les Investissements Internationaux" e a "Ubifrance" deram ligar à "Business France". A "Business France" vai ter como missão "favoriser le développement international des entreprises implantées en France, de promouvoir les exportations françaises et de développer l’attractivité du territoire national. Business France prendra ainsi toute sa part dans les efforts pour générer plus d’échanges et d’investissements durables, au service de la relance de l’économie française, du développement économique des territoires et de la création d’emplois". Nesta mudança do dispositivo francês de diplomacia económica vai também haver uma atenção muito especial ao apoio à internacionalização das pequenas e médias empresas, à divulgação da imagem global de França e à racionalização dos meios e das equipas das duas entidades agora extintas. A rápida transformação por que passa a economia internacional e a crescente concorrência entre países pela promoção das suas empresas e pelas captação de investimento internacional, obrigam os Estados, cada vez com maior frequência, a efectuarem mudanças e reajustamentos nas suas políticas de promoção económica internacional.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Votos de um Bom Ano de 2015!


Lituânia: a adesão à Zona Euro e as relações com a Rússia


Depois da Estónia, em 2011, e da Letónia, em 2014, a Lituânia é, desde hoje, o último país Báltico a aderir à Zona Euro. A entrada da Lituânia na Zona Euro decorre numa altura de grande tensão entre a Rússia e os Países Bálticos (antigas repúblicas da União Soviética), e constitui mais uma etapa no processo de integração deste país a Ocidente (por contraponto ao facto de anteriormente pertencer ao chamado Bloco de Leste), depois da adesão, em 2004, à União Europeia e à NATO. Por ora, e de acordo com uma sondagem do Eurobarómetro de Dezembro de 2014, 63% da população lituana tem uma posição favorável à mudança de moeda e às consequências decorrentes desta opção, numa altura em que a economia lituana revela já sinais de se encontrar familiarizada com esta nova moeda (mais de 70% dos empréstimos bancários das empresas e das famílias são realizados em Euros). Por outro lado,  cerca de 50% das exportações lituanas já são destinadas aos países da União Europeia, tendência que se está a consolidar, depois da crise russa de 1998 ter forçado grande parte das empresas lituanas a reorientarem as suas prioridades em termos de mercados de exportação. No entanto, a Rússia continua a ser o primeiro cliente (19,8% do total, em 2013) e o primeiro fornecedor (28,1% do total, em 2013) da Lituânia. Mas a evolução da situação na Rússia deverá continuar a ser acompanhada com muita atenção pelas autoridades deste país de 3 milhões de habitantes (dos quais cerca de 5% são de origem russa), que adquire actualmente a totalidade das suas necessidades de gaz à Rússia, que viu recentemente algumas das suas empresas agrícolas impedidas de exportarem os seus produtos para este mercado na sequência do embargo russo a um conjunto de produtos agrícolas europeus, mas que quer continuar a reforçar ao seu posicionamento no âmbito da União Europeia e da NATO.