sexta-feira, 21 de março de 2014

Volkswagen anuncia um grande investimento na Polónia

 
 
A Volkswagen (VW) acaba de anunciar um novo investimento (de raiz) na Polónia, país onde já possui uma unidade industrial localizada na cidade de Poznán (foto acima). Em Poznán são actualmente fabricados os modelos comerciais Candy e T5 desta marca de automóveis. O novo projecto industrial vai arrancar na cidade de Września (região da Wielkopolska), no âmbito da zona económica especial de Wałbrzych, tem um valor estimado de 800 milhões de euros e irá empregar cerca de 2 300 trabalhadores. A construção desta nova unidade industrial vai iniciar-se ainda este ano e espera-se que, a partir de 2016, se inicie a produção do modelo VW Crafter. Em 2009, prevê-se que venham a ser fabricadas 100 000 unidades/ano de VW Crafter.
 
Este é (mais) um sinal claro da forte competitividade e da capacidade de atracção de investimento directo estrangeiro, nomeadamente do sector automóvel, dos mercados da Europa Central e Oriental e particularmente do mercado polaco. A localização geográfica, a dimensão do mercado interno e dos mercados regionais onde está integrada, a existência de um robusto e diversificado “cluster automóvel” e os baixos custos de factores de produção, quando comparados com os mesmos custos na Alemanha ou na Áustria, fazem da Polónia um destino preferencial, em relação a outros destinos europeus, para os investimentos na indústria automóvel.

domingo, 16 de março de 2014

Festa da Francofonia em Portugal (7 a 27 de Março de 2014)


Está a decorrer em Portugal, até ao dia 27 de Março, a Festa da Francofonia, numa organização de diversas embaixadas de países ligados à francofonia, em colaboração com outras entidades públicas e privadas. São várias as iniciativas de promoção da cultura e dos valores da francofonia  que estão a decorrer em várias cidades portuguesas e que estão integradas nas comemorações anuais do Dia Internacional da Francofonia (dia 20 de Março). Neste âmbito, achei particularmente interessante, e muito oportuno, o artigo de opinião publicado este fim-de-semana no Expresso por um conjunto de embaixadores do "eixo da francofonia" acreditados em Portugal sobre a importância da língua francesa e do seu valor económico.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Razões para apoiar o Manifesto dos 70

As "7 razões para apoiar o Manifesto dos 70" apresentadas por Paulo Pedroso, via blogue Banco Corrido, e que subscrevo na globalidade:

"1. A nossa dívida cresceu de forma descontrolada por causa da crise económica internacional e da incapacidade de resposta adequada à nova situação por parte da Europa em geral e da zona Euro em particular, com especiais responsabilidades da parte do governo alemão na gestão errada do processo.


2. A estratégia assente na austeridade está a criar dificuldades adicionais ao país e não a contribuir para a resolução dos seus problemas. Não apenas depende de tornar permanentes medidas que se anunciaram como transitórias como exigirá recorrentemente medidas mais restritivas e asfixiará o investimento público e privado, retirando oxigénio à economia no presente e potencial ao seu crescimento no futuro. Mais, degradará os serviços públicos, já em risco progressivo de paralisia e baixará persistentemente o nível de vida dos portugueses em geral e da classes médias em particular, ao mesmo tempo que aumenta a precariedade social de diversos estratos sociais vulneráveis à acção ou omissão de acção por parte do Estado.
3. Os problemas estruturais do país não se resolvem sem uma nova estratégia económica e sem a canalização de recursos para um novo perfil de investimento, que mude os factores em que somos internacionalmente competitivos. Essa canalização de recursos é impossível se o Estado estiver duradouramente em contenção e o crédito for persistentemente escasso e caro. Voltar a investir é uma prioridade urgente para Portugal.
4. Não haverá recursos para alimentar um novo ciclo de investimento sem abaixamento dos juros, prolongamento dos prazos de amortização da dívida e todas as outras medidas que sejam necessárias para a redução do esforço nacional com encargos da dívida a um patamar comportável e sustentável no médio prazo.
5. As medidas a tomar para a gestão da dívida devem ser coordenadas no espaço europeu e entre países da zona Euro. É neste espaço que deve ser encontrado o mecanismo institucional de gestão do risco da dívida pública. E é urgente que sejam adoptados os mecanismos adequados ao bom funcionamento, em todas as suas dimensões, vários dos quais continuam a faltar, a ser insuficientes ou a estar mal orientados.
6. Entre esses mecanismos avulta a necessidade de adoptar um processo especial de restruturação das dívidas públicas dos países do Euro que se encontraram sobreendividados pela conjugação da crise económica internacional com a resposta europeia a ela e cuja margem de acção em matéria de política económica está circunscrita pela pertença ao Euro.
7. Não é cedo para gritar que o rei vai nu, conceber estratégias alternativas e lutar para que sejam adoptadas. A dimensão do processo institucional a desencadear implicará tempo de efectivação e discussão transparente. As tentativas europeias de gerir a crise pelo silêncio, pela calada da noite e ao fim-de-semana, para evitar os mercados e as opiniões públicas, trouxe-nos aqui. Não é credível que os mercados não saibam já que as dívidas têm que ser reestruturadas. E parece racional que considerem que a criação de um clima europeu para a sua reestruturação ordenada e no quadro institucional da União Económica e Monetária dá mais garantias de mitigação de riscos do que a entrega à agonia dos países atingidos pela crise internacional e a incapacidade de resposta adequada europeia. "

domingo, 2 de março de 2014