quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

The Wall Street Journal - Ranking "Economists’ 2012 Predictions: The Best and Worst"

 
Arun Raha, quadro da empresa norte-americana de energia Eaton Corporation foi considerado "the top economic forecaster' 2012", de acordo com o ranking anual  "Economists Predictions" do The Wall Street Journal.  Este ranking é baseado nas previsões efectuadas, no inicio de 2012, para a economia americana em relação à evolução de indicadores como a inflação, desemprego, taxas de juro e crescimento do produto. Face ao "ruído" actualmente existente em Portugal em relação às previsões económicas, esta seria, sem dúvida, uma iniciativa a replicar por estas bandas. Deste modo, teríamos, em cada ano, a oportunidade da avaliar os prognósticos efectuados para a economia portuguesa pelos vários actores do nosso sistema económico.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

François Hollande na Índia

 
 
 
Foto: AFP / RAVEENDRAN
 
O Presidente francês François Hollande efectuou esta semana uma deslocação oficial à Índia. A primeira visita oficial bilateral que faz à Ásia e onde esteve acompanhado por 6 ministros - Negócios Estrangeiros, Defesa, Comércio Externo, Ensino Superior e Ciência, Tranportes e Cultura (os sublinhados são meus) - e por cerca de 60 empresas de grande, média e e pequena dimensão. Com esta visita a França pretende reforçar o seu relacionamento  bilateral, a todos os níveis, com este gigante asiático. Na área económica, e para além da promoção das exportações e do investimento francês na Índia (nesta altura existem cerca de 750 empresas indianas com capitais francesas que empregam 250 000 trabalhadores), deu-se também particular atenção à captação de investimento indiano e à necessidade de rápida conclusão do Acordo Comercial entre a Índia e a União Europeia, em negociação desde 2007 (sem dúvida, um importante desafio para João Gomes Cravinho, actual Embaixador da União Europeia na Índia).  Uma última e pertinente observação deixada pelo CEO da SNCF (Caminhos de Ferro franceses), Guillaume Pepy, por ocasião desta visita e que com certeza é também válida para outras empresas europeias interessadas no mercado indiano "En Inde, tout passe par le politique, on ne fait rien sur une base purement business. Une telle visite peut donc avoir un effet facilitateur pour accélérer les choses dans un pays où tout prend beaucoup de temps pour se faire". Face à complexidade desta visita e da abordagem deste mercado, Laurent, Goulvestre não hesitou em publicar no jornal francês "LesEchos" uma "carta aberta" a François Hollande, designada  "10 conseils à François Hollande pour réussir en Inde ...", em que depois das várias recomendações termina deste modo "Et enfin, les Indiens ne connaissent rien de notre savoir-faire et n’ont pas d’a priori. Il est cependant très difficile de les séduire par notre technologie car ils pensent déjà être en avance sur de nombreux points. Ce n’est qu’avec des démonstrations percutantes ou encore avec une technologie très avancée qu’ils seront à l’écoute".

 

Blog de Assuntos Europeus de Hugo Zsolt de Sousa

O Hugo Sousa que vive e trabalha em Bruxelas acabou de criar um blogue dedicado à análise e à reflexão de temas europeus. Uma área que conhece bastante bem e que manifestamente não tem merecido grande debate e atenção em Portugal. Um blogue que vai passar a fazer parte das minhas leituras frequentes e que pode acompanhar aqui.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"Chinese Outbound Investment in European Union", European Union Chamber of Commerce in China



A European Union Chamber of Commerce in China, em colaboração com as consultoras KPMG e Roland Berger, lançou um interessante estudo designado por "Chinese Outbound Investment in European Union" onde se analisa o investimento estrangeiro da China nos países da União Europeia. O estudo pode ser obtido aqui e tem o seguinte indíce:

1. Foreword
2. Executive summary
2.1 To European policy makers
2.2 To Chinese policy makers
2.3 Further recommendations
2.4 Key survey findings

3. Background information: Chinese ODI in context
3.1 China FDI vs. ODI
3.2 Destination of Chinese ODI globally and to the EU
3.3 EU member states as recipients of Chinese ODI
3.4 Sectors invested in by Chinese enterprises in the EU
3.5 Size and type of Chinese ODI
3.6 SOEs and POEs as outbound investors
3.7 Key conclusions 
3.8 A note on the measurement of Chinese ODI

4. Study background
4.1 Survey
4.2 Interviews
4.3 Respondents’ profile summary

5. Findings
5.1 Strategy
5.1.1 Why look outside of China?
5.1.2 Motivations for investing
5.1.3 Destination and rationale
5.1.4 Perceptions of the EU investment environment
5.1.5 Key conclusions
5.2 EU FDI policy and approval processes
5.2.1 Regulatory obstacles
5.2.2 Key conclusions
5.3 EU operating and non-regulatory environment
5.3.1 Operating difficulties in the EU
5.3.2 Business-framework related difficulties
5.3.3 Operating, market and infrastructure difficulties
5.3.4 Key conclusions



José Manuel Prostes da Fonseca (1933-2013)

Soube ontem da triste notícia do falecimento do Prof. José Manuel Prostes da Fonseca. O Paulo já aqui referiu muitas das coisas que eu poderia dizer, com mais autoridade e um conhecimento mais próximo. No entanto, eu queria acrescentar umas quantas palavras e prestar aqui homenagem a uma pessoa excecional e que me tocou bastante. Conheci o Prof. José Manuel Prostes da Fonseca quando este exercia as funções de Presidente do Conselho Diretivo do ISCTE. Na altura, finais da década de 80/inícios da década de 90 do século passado, eu era dirigente da Associação de Estudantes do ISCTE e também membro do Conselho Diretivo do ISCTE, eleito pelos estudantes. O ISCTE passava um período de alguma instabilidade com crescentes clivagens entre alguns sectores da escola que trespassavam para os vários órgãos da instituição, nomeadamente para o Conselho Diretivo e até para  a Associação de Estudantes. Era necessário negociar  e chegar a compromissos em "dossiers" complexos que envolviam o Ministério da Educação, vários sectores da escola e também a associação de estudantes. Neste período, o Prof. Prostes da Fonseca, com a sua correção, generosidade, experiência, diplomacia e capacidade de liderança conseguiu, em momentos determinantes, sistematizar as posições das várias partes e chegar a consensos que viriam a ser preponderantes para o processo de  crescente afirmação do ISCTE no panorama universitário português. O ISCTE deve, por isso, bastante a este professor discreto, competente, correto e persistente. Mais recentemente, tive oportunidade de contactar com o Prof. Prostes da Fonseca, na sua qualidade de Secretário Executivo  do CEEP Portugal/Centro Europeu de Empresas com Participação Pública, e foi bastante gratificante recordarmos alguns dos momentos por que passámos no ISCTE. Até sempre Prof. Prostes da Fonseca!