domingo, 26 de fevereiro de 2012

Leituras: The Top 10 Books on the Economics of Poverty


Via post publicado por Amid Lockwood no blogue da Stanford Social Innovation Review, abaixo apresentamos a opinião da referida autora sobre os Top 10 Books on Economics of Poverty:

"The White Man’s Burden: Why the West’s Efforts to Aid the Rest Have Done So Much Ill and So Little Good (2006)
by William Easterly
Easterly, a celebrated economist, presents one side in what has become an ongoing debate with fellow star-economist Jeffrey Sachs about the role of international aid in global poverty. Easterly argues that existing aid strategies have not and will not reduce poverty, because they don’t seriously take into account feedback from those who need the aid and because they perpetuate western colonial tendencies.

The End of Poverty: Economic Possibilities for Our Time (2006)
by Jeffrey Sachs
Taking an almost entirely diametrical approach than Easterly, Sachs outlines a detailed plan to help the poorest of the poor reach the first rung on the ladder of economic development. By increasing aid significantly to provide the basic infrastructure and human capital for markets to work effectively, Sachs argues such investment is not only economically sound but a moral imperative.

The Bottom Billion: Why the Poorest Countries are Failing and What Can Be Done About It (2007)
by Paul Collier
Economist and Africa expert Collier analyzes why a group of 50 nations, home to the poorest one billion people, are failing. Considering issues such as civil war, dependence on extractive industries, and bad governance, he argues that the strongest industrialized countries must enact a plan to help with international policies and standards.

The Fortune at the Bottom of the Pyramid: Eradicating Poverty Through Profits (2009)
by C.K. Prahalad
Prahalad, a business strategy professor, was among the first to argue that the fastest growing market in the world was made up of the world’s poorest people. He details the purchasing power of this segment, and advocates that big businesses should learn how to understand this population’s needs in order to develop products that address both economic mobility and corporate growth and profit.

Creating a World Without Poverty: Social Business and the Future of Capitalism (2009)
by Muhammad Yunus
Yunus, an economist and Nobel Prize Winner, was among the first to describe a social business as one that is modestly profitable but designed primarily to address a social objective. Using this approach, he argues that modern-day capitalism is too narrowly defined, particularly in its emphasis on profit maximization. By including social benefits in the equation, he believes that markets and the poor themselves can alleviate poverty.

Out of Poverty: What Works When Traditional Approaches Fail (2009)
by Paul Polak
Polak, a psychiatrist, has applied a behavioral and anthropological approach to alleviating poverty, developed by studying people in their natural surroundings. He argues that there are three mythic solutions to poverty eradication: donations, national economic growth, and big businesses. Instead, he advocates helping the poor earn money through their own efforts of developing low-cost tools that are effective and profitable.

Dead Aid: Why Aid is Not Working and How There Is a Better Way for Africa (2009)
by Dambisa Moyo
Moyo, a Zambia-born economist, asserts that aid is not only ineffective—it’s harmful. Her argument packs a strong punch because she was born and raised in Africa. Moyo believes aid money promotes the corruption of governments and the dependence of citizens, and advocates that an investment approach will do more to help reduce poverty than aid ever could.

Poor Economics A Radical Rethinking of the Way to Fight Global Poverty (2011)
by Abhijit Banerjee & Esther Duflo
Using the framework of randomized control trials, which allow for large-scale data collection to evaluate the effectiveness of an intervention, these two development economists assess the impact of a wide range of development programs in alleviating poverty. They have found that most programs have not been designed with a rigorous understanding of the behaviors and needs of the poor or how aid effects them, they advocate that for programs to be successful they must be designed with evidence gathered from direct interaction with those who they are meant to benefit.

Development As Freedom (2000)
by Amartya Sen
A Nobel Prize winning economist, Sen examines the essential role that elementary freedoms, social and political, have in improving the prosperity of the society at large. Although his focus on human welfare as a central aspect of economic thought is not universally accepted among economists, this approach inserts elements of ethics into a field from which it is often not emphasized. Although this is a difficult read, the concepts included are important to the dialogue about the causes and remedies to the economics of poverty.

Good to Great and the Social Sectors (2005)
by Jim Collins
Meant to accompany the seminal business book Good to Great that examined why companies succeed or fail and found nine key aspects, including: leadership, simplicity, discipline and innovation, this work focuses on applying these lessons to the nonprofit sector. While more focused on management of organizations than macro economic issues, this short and easy to read monograph suggests a roadmap of how those interested in addressing issues of poverty should pursue these efforts".

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Em Memória de Zeca Afonso - "Traz outro amigo também"


Zeca Afonso morreu a 23 de Fevereiro de 1987. No dia em que se assinalam os 25 anos da sua morte, Zeca Afonso é recordado neste blogue.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Portugal, o Mar e os portos portugueses



Nos últimos tempos, a temática do Mar tem suscitado a realização de diversas iniciativas que, em termos gerais, pretendem despertar e sensibilizar a sociedade civil e as entidades oficiais para as potencialidades que este importante recurso pode trazer para o desenvolvimento económico de Portugal. Tem vindo a concluir-se que há muito trabalho para fazer e que é necessária uma parceria forte e eficaz entre o sector público e o privado para que se possam obter os melhores resultados na exploração da chamada "fileira do mar". Sinal do muito que há para fazer nesta área são os dados agora publicados pelos Serviços de Estatística da Comissão Europeia sobre o movimento dos portos nos países da União Europeia. Com efeito, nenhum porto nacional figura no "Top-20 Container Ports in 2010 (on the basis of volume of containers handled)", nem no "Top-20 Cargo Ports (on the basis of gross weight of goods handled)", apesar de Portugal dispor da maior região marítima da União Europeia. Nos dois casos,  a liderança é ocupada pelo porto de Roterdão (Holanda), seguido dos portos de Antuérpia (Bélgica) e de Hamburgo (Alemanha). Nos dois rankings, os portos espanhóis estão bem posicionados: no "Top-20 Container Ports", surgem os portos de Valência (5º lugar), Algeciras (8º), Barcelona (10ª) e Las Palmas (14º); no "Top-20 Cargo Ports" aparecem os portos de Algeciras (7º) e Valência (9º). São sinais da dimensão da nossa economia e do volume das trocas comerciais de Portugal com o exterior, mas também da relativa "periferia económica" dos portos portugueses. Como é que se poderá alterar esta situação?

domingo, 19 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quais vão ser os próximos BRIC's?



Com o crescente protagonismo económico e politico dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), muitos observadores começam agora a questionar sobre quais vão ser os próximos BRIC's. Numa análise realizada pelo jornal espanhol "Expansion", junto de diversas empresas e instituições, dois países repetem-se em todas as avaliações: a Turquia e a Indonésia. A Turquia é um um mercados emergentes com mais potencial, como já chegámos a referir aqui. Quanto à Indonésia, o 4º país mais populoso do mundo (237 milhões de habitantes), teve um crescimento acima dos 4,5% na última década (6,5% em 2011) e conseguiu captar cerca de 20 mil milhões de USD de investimento estrangeiro proveniente, fundamentalmente, de Singapura, Japão e EUA.
Em relação à importância destes dois mercados para as exportações portuguesas, em 2011, e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (dados provisórios), o posicionamento é o seguinte: a Turquia foi o 18º cliente de Portugal com as exportações a alcançarem 306 milhões de euros (+0,7% que em 2010). Já a Indonésia tem uma posição muito mais modesta nas vendas de Portugal ao exterior: foi, em 2011, o 88º cliente de Portugal com as exportações a atingirem cerca de 11 milhões de euros, e sem variação significativa em relação aos valores de 2010. Há por isso, ainda, um longo caminho a percorrer pelas empresas portuguesas na abordagem e presença nestes dois países, sobretudo no caso da Indonésia à qual estivemos politicamente muito ligados devido ao "dossier" de Timor Leste.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Obstáculos ao investimento estrangeiro na Polónia

No âmbito da sua actividade de "aftercare", a Agência Polaca de Informação e Investimento Estrangeiro (PAIiIZ) acaba de publicar um relatório sobre os principais obstáculos e dificuldades com que se deparam, actualmente, as empresas com capitais estrangeiros na Polónia. Este estudo teve  por base um inquérito realizado a esse conjunto de investidores. Entre as principais dificuldades detectadas encontram-se "...barriers mainly in the area of investment incentives system, labour code and tax law. In terms of governmental grants the investors criticized the restriction in merging the government grant with the remaining instruments of support, high limits in criteria rendering possible applying for government grants, limited budget and long procedures. In the field of structural funds the investors complain of the level of availability of information about the on-going competitions, exceeding of assessment deadlines, as well as bureaucratic approach to the settlement of assigned subsidies. Regarding the special economic zones, the most of negative opinions concern the time restrictions in functioning of SEZ (until the end of 2020), exclusion activities classified in PKWiU as financial, absence of possibility to off-set losses as well as restrictive criteria of inclusion of private lands to economic zones. Investors underline also the low competitiveness of Polish labour code comparing to the rest of Europe. They drew attention to the need to increase the flexibility of solutions in the aspect of adjustment of working time and its organisation to the actual needs of employers (e.g. the application of longer settlement periods or the introduction of individual working time accounts). Other barrier is the tax system in Poland, especially the multitude of the amendments to the Acts and conflicting interpretations of the tax authority issued in similar casues. Investors have also doubts regarding the taxation of transport of employees to the employer’s facility, the tax for medical packages purchase by the employer and postulate to establish the so-called VAT groups". Veja o relatório completo aqui.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Mega investimento da Renault/Nissan em Marrocos suscita grande controvérsia em França


Foto: Renault/Epa

Na passada Quinta-feira, o CEO da Renault/Nissan, Carlos Ghosn e o Rei de Marrocos, Mohammed VI, inauguraram, nos arredores de Tanger, uma nova unidade de montagem de automoveis do grupo franco-japonês. Esta mega unidade industrial, especialmente dedicada a veículos "low cost", tem uma capacidade de produção de 400 000 veículos/ano, representa um investimento de 1,3 mil milhões de euros e prevê-se que venha a criar cerca de 6 000 postos de trabalho directos e 30 000 indirectos. Mas se este investimento tem suscitado um forte apoio e entusiasmo em Marrocos, devido ao seu carácter estruturante para toda a economia marroquina, dando um forte impulso à criação de um importante "cluster" do sector autómovel neste país do Norte de África, o mesmo não se tem verificado em França. Com efeito, em vésperas de eleições presidenciais, com uma taxa de desemprego elevada e com temas como a "necessidade de uma re-industrialização da economia francesa" e "Compre Produtos Franceses" na ordem do dia, este investimento realizado por uma empresa com capitais públicos franceses, está a gerar uma grande controvérsia (pode aprofundar este assunto aqui). Ou seja, a politica industrial está a voltar à primeira linha da agenda politica francesa, o que poderá levar a própria Comissão Europeia a olhar com mais atenção para este assunto que tem implicações determinantes no modelo de estruturação das economias europeias e no comércio externo da União Europeia com os seus principais parceiros económicos. Por outro lado, depois deste projecto e do interesse de outros construtores (Ford e empresas indianas e chinesas) em realizarem investimentos em Marrocos, tudo indica que estão criadas as condições para o desenvolvimento neste país de um "cluster" automóvel de grande importância.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

How to Develop a Culture of Exporting



Via The Global Small Business Blog.

Investimento americano na Irlanda, Bill Clinton e o papel da Diáspora irlandesa



O investimento estrangeiro com origem norte-americana tem tido um peso muito relevante na economia irlandesa. Este facto deve-se, em grande parte, ao pacote fiscal oferecido pela Irlanda ao investidores estrangeiros e também ao enorme peso politico e económico da Diáspora irlandesa residente nos EUA. Mas apesar das dificuldades que passa actualmente a economia irlandesa e do crescente protagonismo internacional das chamadas "economias emergentes", o governo de Dublin continua a apostar, de uma forma sustentada, na promoção e captação de investimento estrangeiro norte-americano. Exemplo disso  é a conferência "Invest in Ireland" que hoje se vai realizar em Nova York. O principal cabeça de cartaz desta iniciativa é o ex-presidente norte-americano, Bill Clinton, a que se juntarão membros do governo irlandês, representantes do Global Irish Network e "influential friends of Ireland". Aliás, neste âmbito do "benchmarking" do investimento directo estrangeiro e do potencial económico das Diásporas será interessante acompanharmos com atenção as iniciativas Global Irish Network e Global Irish Economic Forum.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Leituras: Third Wave of Globalisation, de Will Straw e Alex Glennie, Institute for Public Policy Research



O Institute for Public Policy Research (IPPR), "Think Tank" ligado ao antigo Comissário Europeu e ex-Ministro Inglês Lord Peter Mandelson, publicou um relatório denominado "Third Wave of Globalisation", onde sõa abordados os impactos, negativos e positivos, da crescente internacionnalização do comércio. De acordo com os autores deste trabalho, Will Straw e Alex Glennie, a crescente globalização do comércio é diferente daquela que se realizou aquando da Revolução Industrial e no pós II Guerra Mundial e que foi dominada pelo Reino Unido e pelos EUA, respectivamente. Hoje, o crescimento do comércio mundial é protagonizado por um conjunto de países emergentes, sobretudo do Continente Asiático, mas os autores deste trabalho recusam caracterizar, exclusivamente, o fenómeno da globalização como um "mixture" de comércio internacional e de movimento de capitais, trabalho e tecnologias. Veja aqui o relatório completo.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Fuga de pilotos espanhóis para companhias aéreas do Médio Oriente


A imprensa espanhola dava conta há dias da autêntica "fuga" de pilotos espanhóis para trabalharem em companhias de aviação do Médio Oriente e de outros países do Continente asiático. Esta situação é caracterizada como uma autêntica sangria e, nos últimos anos, já envolveu entre 2000 e 3000 pilotos espanhóis que foram contratados por companhias como a Emirates, Kuwait Airways, Qatar Airways, Korean Air, Vietnam Airlines, Etihad, entre outras. Em menor grau, julgo que este é um fenómeno que também se está a verificar com pilotos portugueses e que envolverá também o recrutamento de comissários de bordo e até de mecânicos de aeronaves. Como se constata, a fuga de quadros qualificados europeus abrange um leque cada vez maior de profissões e o Médio Oriente é um destino de emigração incontornável.

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