segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Entre o "declínio" americano e a crescente liderança mundial dos mercados emergentes: o caso da venda da EDP a uma empresa chinesa


De acordo com as estimativas da revista "The Economist", e via blogue EcoInter View, os países emergentes vão representar, já em 2012, mais de 50% das importações mundiais (cf. quadro acima apresentado) e cerca de 3/5 das exportações norte-americanas. Em 2014, e de acordo com a mesma fonte, a China irá ultrapassar os EUA como primeiro importador mundial e, provavelmente, dentro de 15 anos os mercados emergentes representarão cerca de metade da vendas de um grande número de empresas multinacionais.

Por outro lado, e pela primeira vez no ranking "The 50 Most Innovative Companies" da revista "Bloomberg BusinessWeek", criado em 2005, a maioria das empresas que integram o Top 25 estão localizadas fora dos EUA, e nomeadamente num conjunto de mercados emergentes do Continente Asiático (China, Taiwan, Coreia do Sul, entre outros). A mesma revista conclui que "the age of Asian innovation has begun".

É neste contexto mais global que deveremos também analisar a recente aquisição de uma posição accionista significativa na EDP por parte da empresa chinesa Three Gorges. Vai ser muito interessante avaliarmos, a curto-médio prazo,  as consequências para a economia e para as empresas portuguesas da entrada em Portugal de um "player" estatal desta dimensão e com ligações muito estreitas à liderança politica chinesa.