sábado, 31 de dezembro de 2011

Ten Trends for 2012, The European Council on Foreign Relations



Para último post deste ano, escolhemos um artigo do "think tank" The European Council on Foreign Relations" e designado "Ten Trends for 2012". Esta análise pode ser lida aqui e tem os seguintes tópicos:

1. A European clash of civilisations.

2. Germany rediscovers that it’s a European country.

3. A British Europe without Britain.

4. China is forced into a financial G3 to safeguard the value of its reserves.

5. The Russian Scramble for Europe(an banks).

6. The remilitarisation of Europe.

7. China discovers competitive politics while reinforcing authoritarianism.

8. The re-Atlanticisation of Turkey.

9. The Domesticated Brotherhood.

10. A perfect Iranian storm.


Votos de um excelente ano de 2012.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A selecção e a entrada de PME's em mercados internacionais em 2012


Neste final de ano de 2011, caracterizado por uma forte crise económica e financeira e por grandes incertezas sobre o desempenho da economia portuguesa em 2012, a aposta na internacionalização está no topo da agenda de um grande número de empresas, sobretudo das pequenas e médias empresas nacionais. Neste sentido, abaixo apresento um conjunto de sugestões que me pareceram muito bem conseguidas sobre como seleccionar e como entrar em mercados internacionais, apresentadas por Clive Drinkwater, quadro da UK Trade & Investment, agência de promoção das exportações e do investimento do Reino Unido:

"Market Potential
  • Size of the market, in both volume and value
  • Market growth – getting in nearly when growth is about to happen will help enormously
  • Barriers to Entry
  • Competition – what are your competitors doing? What substitute products/ services are available?
  • Price levels, standards and quality expectations
  • Demographics in market

Geography
  • Are any trading blocs applicable?
  • Will distance affect shipping costs?
  • Will you have to resort to airfreight rather than seafreight to ensure speedy delivery
  • To provide quality service, will you have to consider stocking in market? Consignment stock and issues around bonded warehouses may need to be addressed.

Legal/Regulatory Factors
  • Are there import controls in the market?
    What is the position on import tariffs? How high are they and can you build them into your pricing structure?
  • What legal systems apply? In the UK we use a common law system and this is common in many other Commonwealth countries but also in USA. A code law system is more commonly used by European countries.
  • Is there a separately defined commercial law or code? 
  • How do IPR laws get interpreted in the market?

Political Matters
  • How politically stable is the market?
  • Is there any likelihood of state intervention and what could you do to minimise the possible adverse effects?
  • How is economic growth in market?
  • What is the environment like on trade restrictions?

Cultural and Language Issues
  • Is English widely spoken or understood?
  • Do you have language skills that you can utilise?
  • Are there any shared cultural backgrounds?
  • Have you fully understood the demand factors in market?"

E se pretender aprofundar um pouco mais algumas destas sugestões, veja também o artigo  "5 Keys to Growing Your Export Sales, de Jill Jusko, publicado na revista "IndustryWeek". 

Em síntese, o grande desafio que se coloca às empresas apostadas na internacionalização passa fundamentalmente pela correcta selecção dos mercados e pela escolha da forma mais eficaz de entrada nesses países, tendo sempre presente a necessidade de redução dos riscos, o aumento das oportunidades de negócios e a sustentabilidade da presença da empresa nesses mercados.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Entre o "declínio" americano e a crescente liderança mundial dos mercados emergentes: o caso da venda da EDP a uma empresa chinesa


De acordo com as estimativas da revista "The Economist", e via blogue EcoInter View, os países emergentes vão representar, já em 2012, mais de 50% das importações mundiais (cf. quadro acima apresentado) e cerca de 3/5 das exportações norte-americanas. Em 2014, e de acordo com a mesma fonte, a China irá ultrapassar os EUA como primeiro importador mundial e, provavelmente, dentro de 15 anos os mercados emergentes representarão cerca de metade da vendas de um grande número de empresas multinacionais.

Por outro lado, e pela primeira vez no ranking "The 50 Most Innovative Companies" da revista "Bloomberg BusinessWeek", criado em 2005, a maioria das empresas que integram o Top 25 estão localizadas fora dos EUA, e nomeadamente num conjunto de mercados emergentes do Continente Asiático (China, Taiwan, Coreia do Sul, entre outros). A mesma revista conclui que "the age of Asian innovation has begun".

É neste contexto mais global que deveremos também analisar a recente aquisição de uma posição accionista significativa na EDP por parte da empresa chinesa Three Gorges. Vai ser muito interessante avaliarmos, a curto-médio prazo,  as consequências para a economia e para as empresas portuguesas da entrada em Portugal de um "player" estatal desta dimensão e com ligações muito estreitas à liderança politica chinesa. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal



Um Feliz Natal para todos os nossos leitores com esta excelente interpretação de Sheryl Crow  do tema original de John Lennon "Happy Christmas (War is Over)", realizada, em 2002, no Rockefeller Center  de Nova York.

Os BRIC têm posição preponderante entre os países em desenvolvimento na captação de investimentos

Net Equity Inflows (in billion USD)

 Fonte: World Bank

De acordo com o World Bank, desde 2005, o Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) receberam mais de metade dos investimentos líquidos em capital efectuados nos países em desenvolvimento. De um total de 1, 130 mil milhões de USD de investimentos realizados nos referidos países cerca de 60% foram efectuados nos BRIC. Por sua vez, no âmbito dos BRIC, a China tem uma posição de grande preponderância tendo recebido, no período de 2005-2010, cerca de metade dos investimentos líquidos canalizados para os BRIC (leia aqui todo o artigo da autoria de Malvina Pollock e Ibrahim Levent). Em função de mais este indicador conclui-se que os BRIC são hoje uma realidade politica e económica incontornável. Ás empresas esta realidade vem também colocar grandes desafios, ou seja, qualquer empresa que pretenda ser sustentável no curto-médio prazo, e independentemente da sua dimensão, sector ou localização, deverá ter uma estratégia de abordagem para os BRIC, seja do ponto de vista da exportação/investimento, seja do ponto de vista da importação.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A desistência da venda do BCP na Polónia e as relações económicas Polónia-Angola


Foto: Pedro Elias/Negócios

Quando no Verão se anunciou a intenção de venda da operação do BCP/Millennium na Polónia tive oportunidade de referir aqui as consequências negativas desta decisão para um conjunto de “stakeholders”, e nomeadamente para as empresas portuguesas envolvidas ou potencialmente interessadas no processo de internacionalização para o mercado polaco e outros mercados da Europa Central e Oriental. Daí que a notícia da desistência, por ora, da venda do Millennium Bank é uma boa noticia! Agora, é tempo do BCP/Millennium recuperar o tempo perdido, pois com certeza muitas decisões estratégicas do banco ficaram nestes últimos meses a aguardar o desfecho deste processo de venda, e de  reforçar a aposta na divulgação das oportunidades de negócios existentes na Polónia, para os seus clientes portugueses, e em Portugal, para os seus clientes polacos, contribuindo assim para o crescimento e sustentabilidade das relações económicas entre os dois países. Por outro lado, e tendo em atenção o actual estádio de expansão da economia e das empresas polacas e a importância das operações do BCP/Millennium em Angola, a par das características da sua actual estrutura accionista dominada por interesses angolanos, o Millennium Bank pode também vir a constituir um instrumento relevante no desenvolvimento das relações económicas entre Angola e a Polónia. As relações entre estes dois países são bastante estreitas - desde os primeiros anos da independência de Angola que os dois países estão representados ao nível de Embaixador - havendo por isso um vasto campo de oportunidades a explorar nas áreas da promoção das exportações e do investimento.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Leituras: "Ministerial Advisors: Role, Influence and Management", OCDE


A OCDE acaba de lançar um estudo com o sugestivo titulo "Ministerial Advisors: Role, Influence and Management" e que resulta de uma "survey" realizada, em 2010, em 27 países. Este trabalho "...examines the survey’s findings in order to better understand the important role advisors play and how they are managed. It considers why ministers use their services, how they are appointed, the special status they enjoy, the concerns they have prompted in the general public, and how reform may make them more accountable and improve the transparency of their status." Um tema muito actual na acção politica contemporânea e que com certeza merecerá também uma leitura atenta por parte dos agentes políticos portugueses.

domingo, 18 de dezembro de 2011

"Hieróglifos Órfãos de Roseta" de Octávio Carmo Santos


O meu colega e amigo Octávio Carmo Santos vai lançar na proxima semana a sua obra "Hieróglifos Órfãos de Roseta", editado pela Calçada das Letras e com prefácio de Henrique Monteiro. Este livro vai ser apresentado em duas sessões: no dia 20 de Dezembro, pelas 18h30, no Arquivo Histórico de Loures; e no dia 21 de Dezembro, pelas 18h30, no Café dos Artistas, localizado na Rua do Século, número 171, em Lisboa. Uma obra que me suscita grande curiosidade e interesse na leitura.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Índia reforça presença em África


Foto: BBC

Depois do Brasil e da China, a Índia aposta agora no reforço da sua presença económica e empresarial em África. Nesta fase, as empresas indianas parecem muito interessadas no sector da agricultura e na exploração de recursos naturais, em países como a África do Sul, Etiópia, Senegal, Tanzânia ou Moçambique. Desde 2005, já foram criadas de raiz ou adquiridas por interesses indianos cerca de 79 empresas africanas. Estes factos comprovam que os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) começam, cada vez mais, a disputar entre si a presença em espaços económicos mais alargados, sinal das profundas mudanças que se estão a verificar na economia internacional.

O merchandise das universidades


O "merchandise" dinamizado pelas universidades constitui hoje uma forma eficaz de promoção e de marketing e também uma fonte de receitas com significado nos orçamentos de alguns estabelecimentos de ensino superior. Se consultarmos os web sites de algumas universidades estrangeiras (Stanford, HEC, Cambridge, Georgetown, University of Auckland), constatamos que a área de "merchandise" está devidamente sinalizada. Nessa área,  podem ser adquiridos "on line" pelos alunos, ou antigos alunos, uma vasta variedade de artigos que vão desde t-shirts, canetas, malas, canecas, relógios, entre outros. Esta é  uma dimensão que me parece que poderia ser mais desenvolvida pelas universidades portuguesas, apesar dos progressos registados nos últimos anos, sobretudo nas escolas de economia e gestão.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Investir na Guiné-Bissau


Depois de um longo período de instabilidade politica e militar, a bonança parece estar a chegar à Guiné-Bissau. Pelo menos, o Banco Mundial revela algum optimismo em relação às melhorias observadas no ambiente local de negócios e nas condições existentes para a criação e desenvolvimento da actividade empresarial. Para além da relativa estabilidade governativa que o país atravessa e do interesse das autoridades em promoverem o desenvolvimento do sector privado guineense, parte da referida mudança está também relacionada com a actividade realizada pelo CFE – Centro de Formalização de Empresas, entidade que funciona como uma “one stop-shop” para o registo de empresas e que foi criada com o apoio, e beneficia da assistência técnica, do Banco Mundial, IFC, PNUD e Banco Africano de Desenvolvimento. No último relatório “Doing Business´ 2012”, elaborado pelo  Banco Mundial, a Guiné-Bissau foi considerada “among the 10 most improved economies in África this year”, tendo passado da posição 181 para a posição 176 no referido ranking. Para além disso, o “Doing Business’2012” destaca também as reformas efectuadas ao nivel da legislação económica e comercial e a redução do número de procedimentos (de 17 para 9 procedimentos) e de dias para a criação de uma empresa (de 216 para 9 dias) neste país africano. São progressos significativos e imprescindíveis para o desenvolvimento do sector privado da Guiné-Bissau que não estarão a passar despercebidos em Portugal e que poderão (re) estimular o interesse das empresas nacionais por este país, como, aliás, se constata com a partida para Bissau, no inicio desta semana, de uma missão empresarial organizada pela AIP– Associação Industrial Portuguesa.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

UNCTAD publica manuais na área da promoção económica externa



A UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Investment, no âmbito do Investment Advisory Series, tem vindo a dar especial especial à publicação de diversos manuais na área da promoção do investimento directo estrangeiro e das exportações. Tratam-se de manuais que abordam de um forma bastante precisa e concreta áreas e dimensões-chave da promoção económica externa. A mais recente publicação do Investment Advisory Series da UNCTAD foi lançada há dias e designa-se "Investment Promotion Handbook for Diplomats". Veja abaixo os restantes manuais já publicados:

- No. 5. Promoting Investment in Tourism.
 68p. UNCTAD/DIAE/PCB/2009/16
http://www.unctad.org/en/docs//diaepcb200916_en.pdf.


- No. 4. Promoting Investment and Trade: Practices and Issues.
78 p. UNCTAD/DIAE/PCB/2009/9
http://www.unctad.org/en/docs/diaepcb20099_en.pdf.


- No. 3. Evaluating Investment Promotion Agencies.
85 p. UNCTAD/DIAE/PCB/2008/2
http://www.unctad.org/en/docs/diaepcb20082_en.pdf.


- No. 2. Investment Promotion Agencies as Policy Advocates.
112 p. UNCTAD/ITE/IPC/2007/6
http://www.unctad.org/en/docs/iteipc20076_en.pdf.


- No. 1. Aftercare: A Core Function in Investment Promotion.
 82p. UNCTAD/ITE/IPC/2007/1
http://www.unctad.org/en/docs/iteipc20071_en.pdf.




Top 5 Foreign Policy Books in 2011



Neste final de ano, os colaboradores da Foreign Policy Association (E.U.A.) efectuaram uma votação sobre os melhores livros de 2011 relacionados com a politica externa dos E.U.A. e chegaram aos seguintes resultados:

Best Biography
George F. Kennan: An American Life
by John Lewis Gaddis (Penguin Press 2011)

Best Regional Read
Rock the Casbah: Rage and Rebellion Across the Islamic World
by Robin Wright (Simon & Schuster 2011)

Best History
Berlin 1961: Kennedy, Khrushchev, and the Most Dangerous Place on Earth
by Frederick Kempe (Putnam 2011)

Best Contemporary Issue
The Quest: Energy, Security and the Remaking of the Modern World
by Daniel Yergin (Penguin Press 2011)

Best "Off the Radar" Subject
Where China Meets India: Burma and the New Crossroads of Asia
by Thant Myint-U (Farrar, Straus and Giroux 2011)

Veja aqui uma análise mais detalhada dos referidos livros.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

As interdependências entre os níveis de corrupção e de desenvolvimento humano


Via blogue The Graphic Detail da revista The Economist uma análise comparativa dos últimos indicadores do Corruption Perceptions Index, da Transparency International, e o Human Development Index das Nações Unidas que revelam algumas interessantes conexões, a saber: "when the corruption index is between approximately 2.0 and 4.0 there appears to be little relationship with the human development index, but as it rises beyond 4.0 a stronger connection can be seen. Outliers include small but well-run poorer countries such as Bhutan and Cape Verde, while Greece and Italy stand out among the richer countries." Uma chamada de atenção para as atipicidades ("outliers") desta análise e sobretudo para a excepção e bom exemplo de Cabo Verde. Por outro lado, e se outros argumentos não faltassem, esta análise constitui mais uma forte justificação para a necessidade de uma maior  aposta na promoção da educação e do desenvolvimento, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, e para a implementação de mecanismos mais rigorosos de prevenção e combate à corrupção.

O empreendedorismo da Diáspora polaca na Alemanha


 

De acordo com dados da Embaixada da Polónia em Berlim, existem cerca de 100 000 empresas alemãs com capitais polacos, das quais cerca de 95% são empresas em nome individual. De acordo com a mesma fonte, este número de empresas é cerca de 3 vezes superior ao número de firmas constituídas por emigrantes turcos residentes na Alemanha. É um sinal claro do empreendedorismo da Diáspora polaca na Alemanha. Uma Diáspora que cresceu, sobretudo, depois da adesão da Polónia à União Europeia, em Maio de 2004, e que pode agora constituir uma excelente plataforma para a importação e comercialização de produtos polacos na Alemanha, sobretudo ao nível do chamado "mercado étnico", a exemplo do que está a acontecer também com outras comunidades emigrantes polacas "mais recentes" e residentes em países do Norte da Europa (Inglaterra, Irlanda e Escandinávia).

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

10 Novos Rostos do Pensamento de Espanha e da América Latina


A edição espanhola da revista Foreign Policy perguntou, há uns meses, aos seus leitores quais são os novos rostos do pensamento de Espanha e da América Latina. De um conjunto de 25 personalidades propostas pela FP, os participantes neste inquérito seleccionaram 10 personalidades e deram uma vitória esmagadora ao guatemalteco Luis von Ahn. Nas restantes posições, encontramos 6 latino-americanos, dois espanhóis e um brasileiro (o economista Ricardo Amorim). Veja aqui  a lista final.


domingo, 4 de dezembro de 2011

Leituras: "Dealing with a Post-Bric Russia"


Via Blogue "Da Rússia", de José Milhazes, este interessante "paper" de Ben Judah, Jana Kobzova e Nicu Popescu, do European Council of Foreign Relations, e designado "Dealing with a Post-Bric Russia".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Banco Santander pretende contratar Robert Kúbica para promoção das suas operações na Polónia



A Polónia é um dos principais e mais atractivos mercados europeus. Apesar disso, o Banco Santander chegou tarde a este mercado, ao contrário do que se verificou com alguns dos seus concorrentes italianos, austríacos, irlandeses, alemães, franceses, norte-americanos e até portugueses. Mas tem vindo a recuperar a posição, sobretudo depois da compra do Bank Zachodni WBK. Agora, pretende entrar numa fase de expansão da sua operação e, depois de estudarem várias modalidades desportivas neste país, os responsáveis do marketing do Banco Santander elegeram o piloto polaco de Formúla 1 Robert Josef Kúbica  (na foto) para divulgar a imagem do banco na Polónia. O passo seguinte passará pelo apoio à realização de uma das provas do calendário mundial de Formúla 1 na Polónia?