sexta-feira, 21 de outubro de 2011

It’s time for São Tomé!



Na sequência das últimas eleições presidenciais realizadas em São Tomé e Príncipe, a revista "The Economist" dedica um artigo a este arquipélago a que chama "Sao Tome and Principe: The Chocolate Islands". É um artigo que chama a atenção para as potencialidades económicas existentes em São Tomé e Príncipe, sobretudo nos sectores do turismo e da exploração petrolífera. Mais, a "The Economist" considera que "It´s time for São Tomé!". É uma posição que partilho. No entanto, adiantaria que para São Tomé e Príncipe entrar numa nova fase de desenvolvimento e económico e social é necessário  que haja, em primeiro lugar, estabilidade política, a par de um melhor  funcionamento das instituições (ou seja, "melhor governação").  Depois, o governo terá de tentar superar as dificuldades existentes ao nível das infra-estruturas do país e também as debilidades do sistema de educação/formação (a questão da malária, julgo que tenderá a resolver-se a curto-médio prazo)
Durante alguns anos, primeiro a partir de Lisboa, e mais tarde a partir de Luanda, e enquanto Conselheiro Comercial Não-Residente junto da Embaixada de Portugal em São Tomé, desloquei-me várias a São Tomé e Príncipe. Tive a oportunidade de acompanhar, com alguma atenção, a evolução da situação económica, contactar entidades e instituições locais e de  realizar diversas iniciativas que envolveram empresas e associações empresariais portuguesas e são-tomenses. Desta magnifica e útil experiência pude constatar, e divulgar, as oportunidades de negócios existentes neste país, fundamentalmente, nos sectores do turismo (eco-turismo, "bird watching") e da agricultura, sobretudo ao nível do cultivo de alguns produtos agrícolas de exportação (cacau, café, pimenta, flores, legumes, entre outros). Por isso, e agora também com as perspectivas das receitas resultantes da exploração petrolífera, julgo que este poderá ser um bom momento para algumas empresas portuguesas  avaliarem, ou reavaliarem, as oportunidades de negócios existentes neste país. Para este "pequeno" país de 160 mil habitantes, as exportações portuguesas atingiram, em 2010, cerca de 42,7 milhões de euros (56º cliente de Portugal) e os investimentos nacionais foram de 2,7 milhões de euros. Aos interessados na realização de investimentos em São Tomé e Príncipe, consultem aqui e aqui  o "Guia do Investidor para São Tomé e Príncipe", elaborado pelo Earth Institute e pelo The Vale Columbia Center on Sustainable International Investment, ambas as entidades ligadas à Columbia University (EUA).