sábado, 29 de janeiro de 2011

Rui Veloso - Paixão

Mafalda Veiga - Restolho

World Bank vai anunciar em Março uma nova estratégia para África


O World Bank vai anunciar no proximo mês de Março uma nova estratégia para o Continente Africano. É um documento que tem vindo a ser bastante discutido nos últimos meses, pois entre Junho e Dezembro de 2010, o World Bank  convidou ".... stakeholders—government officials, development experts, legislators, policy makers, diasporans, representatives of civil society, the private sector, the media, and academia, etc.—to participate in the revision of the strategy which the Bank has been using since 2005, known as the Africa Action Plan, to foster development on the continent".
O World Bank desenvolve nesta altura a actividade em 47 países da África Subsaariana e, em 2010, o World Bank Group "...committed a record US$11.5 billion in loans, near-zero-interest credits, grants, equity investments, and guarantees to Africa".

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Leituras: "The Puzzle of Portuguese Wine"


Um interessante artigo publicado por Lettie Teague no Wall Street Journal, e designado "The Puzzle of Portuguese Wine" , sobre a imagem de Portugal e dos vinhos portugueses nos E.U.A..

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Leituras: "Know The Future of Travel"


Estudo publicado pela Euro RSCG Worldwide Knowledge Exchange designado por "Know the Future of Travel: The New Vocabulary of Travel and Tourism" e que traça as  prinpais tendências internacionais no sector do turismo. Um sector cada mais relevante para a economia portuguesa e para a projecção da imagem de Portugal no mundo.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sonangol compra ESCOM (Grupo Espirito Santo)



A Escom, sociedade detida pelo Grupo Espirito Santo, é,  provavelmente, a empresa portuguesa com a posição mais forte, mais diversificada e mais consolidada no mercado de Angola, tendo também  ramificações a outros países da região (Congo, Namibia, Malawi e África do Sul). Em Angola, tem interesses nos sectores imobiliário, comunicação social, transporte aéreo, diamantes, banca e serviços financeiros, trading, pescas, construcção civil,  cimentos, saúde, entre outros. Toda esta posição foi construída, ou se quisermos foi "reconstruída", já que o GES tinha uma posição muito forte em Angola antes da sua Independência, a partir de 1993, e deve-se, em grande parte, ao trabalho realizado pelo líder da empresa, Helder Bataglia, que em momentos determinantes deste processo de expansão empresarial foi persistente, soube correr riscos e evidenciou uma grande capacidade de gestão, negociação e de estabelecimento de relacionamentos pessoais e empresariais muito fortes, e duradouros, com alguns dos principais actores da realidade politica e económica de Angola.
De acordo com as noticias dos últimos dias, o GES vendeu à petrolífera Sonangol, através da Rioforte, 67% da Escom, mantendo-se, no entanto, Herder Bataglia, como accionista da empresa (com 33% do capital da empresa). Uma noticia que me causou alguma surpresa. Portugal perde, assim, uma das principais referências da presença empresarial Portugal em Angola, e a Sonangol  alarga, ainda mais, a sua actividade para áreas de negócio fora do seu "core business". A acompanhar.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Tunísia: a dependência económica externa e o relacionamento com Portugal


No post anterior, chamámos a atenção para a grande dependência externa da economia tunisina,  nomeadamente do investimento directo estrangeiro e das receitas oriundas do sector do turismo.
Para ilustrar esta situação, preparámos uma sintética análise das relações comerciais e de investimento da Tunísia e também do relacionamento económico deste país com Portugal que teve por base a consulta a diversas fontes nacionais  e estrangeiras (Aicep, UNCTAD, OMT, entre outras):
Ao nível do comércio externo, a União Europeia é o principal parceiro comercial da Tunísia, tendo representado, em 2008, cerca de 72% das exportações e 57% das importações tunisinas. Em termos de países, destacam-se a França e a Itália que foram o destino de cerca de 49% das vendas e a origem de 36% das compras tunisinas ao exterior. A Alemanha e a Espanha ocuparam, respectivamente, a 3ª e 4ª posição no ranking de clientes, mas enquanto fornecedores foram ultrapassados, em 2008, pela Rússia, que ocupa agora o 3º lugar.
Em termos de investimento directo estrangeiro (IDE), foi, em 2008, o 63º receptor mundial de IDE, representando cerca de 0,16% do total de IDE. De acordo com o World Investment Report da UNCTAD, entre 2004 e 2008, a Tunísia recebeu 9,1 mil milhões de USD de IDE (média anual de 1822,4 milhões de USD), estimando-se que o stock total de IDE se situe próximo de 29 mil milhões de USD, correspondendo a 68,6% do PIB em 2008. Dados relativos a 2008, indicam que fluxos de investimento estrangeiro representaram 20,8% do investimento produtivo tunisino, 27,1% da formação bruta de capital fixo, 6,8% do PIB, 54,4% das entradas de capitais exteriores e 20% da criação de emprego. Segundo a FIPA (Agence de Promotion de L’Investissement Exterieur), os países da União Europeia representam cerca de 84% dos fluxos de IDE, com destaque para os investimentos realizados por empresas de França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Bélgica. Ainda, segundo a FIPA, em finais de 2008, existiam 2.966 empresas de capital totalmente estrangeiro ou misto que empregavam cerca de 303 142 trabalhadores.
Quanto ao sector do turismo, a Tunísia é o 34º destino turístico mundial (0,8% do total mundial de fluxos turísticos) e o 4º destino turístico africano, depois do Egipto, África do Sul e Marrocos (com uma quota de 15%). Em 2008, entraram na Tunísia cerca de 7 milhões de turistas que permitiram que as autoridades tunisinas arrecadassem 2,8 mil milhões de USD de receitas turísticas. Nesse ano, a Europa foi a zona geográfica responsável pela emissão do maior número de turistas para a Tunísia (58% do total em 2008), seguindo-se a região do Magreb (39%).
Ao nível das relações comerciais com Portugal, a Tunísia, foi, em 2009, o 28º cliente de Portugal (0,17% das exportações portuguesas) e o 75º fornecedor (0,04% das importações nacionais). Em 2009, as exportações nacionais atingiram 116,3 milhões de euros e as importações 19,1 milhões de euros,  e, nesse ano, a Tunísia foi, no contexto do Magrebe, o 3º cliente de Portugal, a seguir a Marrocos e à Argélia, e o 5º fornecedor, depois da Líbia, Argélia, Marrocos e Egipto.
Em termos de investimento directo português na Tunísia, e segundo dados do Banco de Portugal, o valor do investimento português neste país, e no período 2004 a 2008, alcançou um valor de 18, 7 milhões de euros. Em termos de stock de IDE, e de acordo com as autoridades tunisinas, Portugal ocupa a 4ª posição no ranking dos investidores no país. Existem cerca de 35 empresas tunisinas com capital português de diversos sectores de actividade, com destaque para as áreas das confecções, cimentos, energia, química e metalúrgica, e merecendo especial destaque os investimentos da cimenteiras nacionais Cimpor e Secil.
A Tunísia é também a actual sede do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) que se mudou para Tunis (antes esta entidade multilateral de financiamento estava sediada em Abidjan, Costa do Marfim), devido ao clima de instabilidade politica e de guerra civil que atravessou (e ainda atravessa) a Costa de Marfim, depois do falecimento, em 1993, do Presidente Félix Houphouët-Boigny (a vida tem destas coisas....será que é desta que a sede do BAD vai para Maputo?).
Em função deste quadro macro-económico, urge uma rápida clarificação politica do país, sob pena da degradação da situação económica poder arrastar a Tunísia para uma situação de caos generalizado com graves implicações internas e regionais.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Tunísia: chega ao fim a ditadura do Presidente Ben Ali

Fonte: Le Monde, Tunisie, par Plantu

Depois de 23 anos de ditadura, a esperança volta á Tunísia. A esperança de um pais livre e democrático, de um pais mais justo, mais inclusivo, mais tolerante e menos desigual.
O Presidente Zine El-Abidine Ben Ali até há dias uma referência  e um "grande amigo" na região do Magrebe para a União Europeia, tornou-se, subitamente, uma incomodo para estes mesmos países. As posições do governo francês, recusando a entrada  em França do Presidente deposto, e do governo italiano, não permitindo que um avião da presidência tunisina ficasse estacionado no aeroporto de Cagliari, são dois magníficos exemplos da "real politik" pura e dura. Até há dias, estes eram os dois governos europeus mais próximos e mais entusiastas da liderança tunisina, mas são também os países da União Europeia com mais interesses económicos e empresariais na Tunísia. Na hora de decidir de que lado ficar, optaram, obviamente, pelo lado dos "vencedores", pela protecção dos interesses nacionais e pela perspectiva de um bom relacionamento politico e institucional com a futura liderança tunisina. 
De um ponto de vista económico, urge que esta transição para a democracia - alguém já lhe chamou "revolução de veludo" ou "revolução de Abril" - seja "pacifica" e que seja rapidamente estabelecido o normal funcionamento do país e das suas instituições, sob pena de se verificar uma rápida degradação da sua situação económica. Convém não esquecermos que este é um país fortemente dependente das receitas do turismo (cerca de 12% do PIB e emprega cerca de 350 000 pessoas)  do investimento directo estrangeiro, dois sectores que convivem mal com instabilidade politica, insegurança ou perspectivas de uma maior "islamização" da sociedade tunisina. Por ora, tudo ainda está em aberto, e as próximas semanas vão ser decisivas para a clarificação politica da Tunísia.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Em Espanha continuam a criar-se "campeões globais": o caso do sector do comércio e distribuição


A Espanha tem hoje em áreas como a banca, construção civil, energia/infra-estruturas, vinhos, escolas de negócios, arquitectura, moda, gastronomia, mecenato cultural, advocacia ou no futebol, basquetebol, automobilismo, entre outros,  posições de liderança em termos mundiais, protagonizadas por empresas, instituições e personalidades espanholas. A estes sectores pode-se agora também juntar actividade do comércio e da distribuição, de acordo com o estudo "Global Powers of Retailing'2011", elaborado pela consultora Deloitte e pela revista Stores Magazine. Com efeito, e de acordo com este estudo, 4 empresas espanholas estão muito bem posicionadas no ranking das principais empresas mundiais deste sector:  Mercadona (39ª posição); El Corte Inglês (43º); Inditex (50ª) e Eroski (81ª). Afinal, quais as razões deste sucesso?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Relações Económicas Portugal-Polónia: Câmara de Comércio bilateral já tem 100 empresas associadas



Dois anos após a sua criação, a Câmara de Comércio Polónia-Portugal (PPCC), sediada em Varsóvia, já conta com 100 empresas associadas. Um feito notável! O objectivo passa agora por atingir os 150 associados nos próximos meses, segundo Pedro Silva, Presidente da Direcção da  PPCC.
As actividades desta Câmara de Comércio já podem também ser seguidas nas redes sociais Twitter e Facebook, sinal do dinamismo e inovação que tem caracterizado a sua actividade.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mudanças na diplomacia angolana



O relacionamento internacional e a projecção politica e económica externa de Angola assumem uma relevância preponderante na agenda da liderança angolana, como, aliás, ficou demonstrado na recente visita oficial à África do Sul do Presidente José Eduardo dos Santos. Para a implementação desta estratégia, e para que se possam atingir os melhores resultados, o novo Ministro das Relações Exteriores de Angola, George Chikoty, entende que  é necessário efectuar um conjunto de mudanças na estrutura e funcionamento do seu Ministério. Está em causa a organização interna do próprio ministério, a abertura de novas representações diplomáticas, o perfil e a fomação do pessoal diplomático, a duração das comissões no estrangeiro, a articulação institucional entre pessoal o diplomático e pessoal com acreditação diplomática (conselheiros e adidos comerciais, culturais, de defesa, entre outros) em serviço nas embaixadas, as prioridades da diplomacia económica e comercial, entre outros aspectos. Para já, e de acordo com o jornal angolano "O País", está previsto um amplo movimento diplomático com a estreia de  um conjunto de novos chefes de missão e que irá envolver as seguintes embaixadas:

 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Top ten US restaurant trends in 2011


De acordo com um inquérito realizado pelo National Restaurant Association (EUA) junto de 1500 "chefs", o "top ten US menu trends for 2011" vai  ser o seguinte (informação obtida via New Zealand Trade & Enterprise):
  1. "locally sourced meats and seafood
  2. locally grown produce
  3. sustainability as a culinary theme
  4. nutritious kids’ dishes
  5. hyper-local items
  6. children’s nutrition as a culinary theme
  7. sustainable seafood
  8. gluten-free/food allergy-conscious items
  9. back-to-basics cuisine
  10. farm-branded ingredients
Other trends include artisan liquor, locally produced wine and beer, smaller portions for a smaller price, organic produce, nutrition as a culinary theme, culinary cocktails, newly fabricated cuts of meat, fruit/vegetable children’s side items, ethnic-inspired breakfast items and artisan cheese.

Mobile food trucks and pop-up restaurants will be the top operational trend in restaurants next year."

domingo, 2 de janeiro de 2011

Cascais: sinais de apatia e de pouca ambição na gestão da autarquia



Um sinal claro da forma apática e pouco ambiciosa que tem caracterizado, nos últimos anos, a gestão da Câmara Municipal de Cascais foi a forma como decorreu a noite da recente passagem de ano nesta vila da Àrea Metropolitana de Lisboa. Ao contrário do que se verificou em outros concelhos limítrofes, a Câmara Municipal de Cascais  decidiu não realizar, a pretexto da "necessidade de contenção orçamental", a tradicional iniciativa de "fogo de artificio" que tem mobilizado milhares de pessoas para a baía de Cascais, contribuindo desta maneira para a animação da população local e para um aumento significativo de receitas da restauração e da hotelaria nesta época do ano. Este ano, a baía de Cascais "ficou às escuras" num sinal claro de distanciamento e de sobranceria em relação à população e aos agentes económicos locais, de ausência de prioridades estratégicas e, obviamente, de inexistência de uma politica de desenvolvimento económico e empresarial para este concelho.