terça-feira, 30 de junho de 2009

Fórum para a Competitividade faz diagnóstico do sector exportador

O Fórum para a Competitividade acaba de lançar os resultados do Inquérito às Empresas sobre a Actividade Exportadora, onde participaram 626 empresas. Estas identificam a procura externa e a concorrência nos mercados como os factores que mais condicionam a actividade exportadora. Para além disso, as empresas que responderam a este inquérito esperam uma quebra das exportações no corrente ano, referem que o actual modelo fiscal prejudica a internacionalização, apontam o preço como um factor determinante das exportações e indicam que as medidas anti-crise do Governo são pouco relevantes. Num próximo inquérito, seria interessante colocarem algumas questões relacionadas com a promoção externa, em que as empresas pudessem identificar os mercados onde estão a ter mais dificuldades de penetração, os países onde tencionam apostar no curto-médio prazo, as formas de entrada (“entry modes”) que irão utilizar e o tipo de apoio que esperam ter das entidades públicas e privadas com responsabilidades nesta área.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Justiça e negócios na Rússia

Um relatório da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, divulgado no passado dia 23 de Junho, e designado por "Allegations of Politically Motivated Abuses of the Criminal Justice System in Council of Europe Member States", traça um cenário muito preocupante sobre o sistema de justiça russo referindo abusos, alegadas fraudes e interferências de entidades politicas e policiais . Neste relatório são apontados dois casos emblemáticos da forma discricionária como as autoridades russas actuaram em relação a investidores estrangeiros e locais, como foram os casos "Yukos Oil" e "Hermitage Fund" (Grupo HSBC). Estes dados vêem reforçar, junto da opinião pública e de empresários e investidores, a imagem negativa existente sobre o ambiente e as condições de realização de negócios na Rússia e o sentimento de desconfiança em relação ao funcionamento do sistema de justiça russo.

Relações Europa-Taiwan

A European Chamber of Commerce de Taipé comemorou o dia da Europa com a presença de um elevado número de empresários e do próprio Presidente de Taiwan, conforme relata o Director-Adjunto do British Trade and Cultural Office, em Taipé. Ou seja, apesar da toda a pressão diplomática chinesa para condicionar o relacionamento diplomático internacional com a Taiwan (apenas 23 Estados reconhecem oficialmente Taiwan, sendo o Vaticano o único Estado europeu), existe um forte interesse de alguns países da União Europeia, nomeadamente do Reino Unido, em reforçarem o relacionamento económico e comercial com este país, quer enquanto destino de exportações, quer enquanto emissor de investimento estrangeiro.

Semana dedicada aos Países da Europa Central e Oriental (PECO) em Madrid

Apesar da crise económica que está a afectar com alguma intensidade a Europa Central e Oriental, as autoridades espanholas continuam a dar especial prioridade e atenção ao apoio à internacionalização das empresas para a referida região.

Esta semana vai decorrer, em Madrid, a Semana da Internacionalização para os PECO, organizada pelo ICEX, em que está prevista a realização de um conjunto de seminários sectoriais - nas fileiras moda, casa, alimentar, audiovisual, energias renováveis, entre outros –, encontros de empresários e também acções de informação/sensibilização sobre os financiamentos multilaterais para a região dos Balcãs.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Note to President Obama: Want to fix the schools? Look to Portugal?

Esta é a opinião de um especialista norte-americano sobre as reformas que estão a ser feitas em Portugal no dominio da educação. Esta posição de Don Tapscott foi publicada no blog The Huffington Post, onde costumava colaborar Barack Obama, antes da sua eleição para a Presidência dos E.U.A..

Negócios e língua: a ofensiva espanhola na Austrália

Os Reis de Espanha inauguraram hoje um Centro do Instituto Cervantes em Sydney (Austrália). É a primeira delegação do Cervantes na Oceânia e o 73ª no mundo. Na mesma altura, Espanha faz uma grande ofensiva económica e comercial na Austrália, com a realização de um Encontro Empresarial Austrália-Espanha que também será inaugurado pelo Rei de Espanha, D. Juan Carlos. Ora aí está, tão fácil! Sinais da afirmação externa de um país, através da articulação e da concertação de posições entre as chamadas diplomacia económica (promoção dos empresas e dos negócios) e diplomacia cultural (promoção da língua e da cultura).

BoP: Novas estratégias empresariais para mercados emergentes?

Os livros de C.K. Prahalad “The Fortune at the Bottom of the Pyramid: Eradicating Poverty Through Profits” e de Stuart Hart, “Capitalism at the Crossroads” marcaram uma viragem na forma como instituições, sociedade civil e empresas passaram a olhar para a chamada “bottom of the piramid”. A “bottom of the piramid”, também chamada “base of the piramid” ou simplesmente “BoP”, consiste nos 4 mil milhões de pessoas que vivem na pobreza com um rendimento per capita de menos de 2 USD/dia.

A proposta de C.K. Prahalad é muito simples e é apresentada logo no inicio do seu livro “ …if we stop thinking of the poor as victims or as a burden and start recognizing them as resilient and creative entrepreneurs and value-conscious consumers, a whole new world of opportunity will open up”.

Nesta perpectiva, os 4 mil milhões de pobres podem ser a alavanca de crescimento do comércio mundial e fonte de inovação, obrigando para isso a uma maior colaboração entre empresas, organizações da sociedade civil e Estado.

Nos países mais desenvolvidos surgiram diversas organizações seguidoras das propostas de Prahalad e de Stuart Hart e que estão a implementar, nos países em desenvolvimento, um conjunto de iniciativas qu tentam aliviar a pobreza, realizando negócios. Umas das organizações que mais se tem destacado é o Acumen Fund.

O Acumen Fund foi lançado nos EUA, em 2001, por Jacqueline Novogratz, ex-funcionária do Chase Manhattan Bank, Banco Africano de Desenvolvimento e Rockefeller Foundation, e tem no seu “Board”, entre outras personalidades, Joseph E. Stiglitz, Prémio Nobel de Economia e ex-economista-chefe do Banco Mundial. O Acumen Fund actua naquilo que a sua líder chama “social venture capital”, ou seja, é um misto de instituição de apoio social e fundo de investimento tradicional. Neste momento participa, com grande sucesso, no capital social de 26 empresas do Continente Asiático e da Africa Oriental e Austral nos sectores da saúde, habitação, energia, água e agricultura.

E em Portugal o que é que está a ser feito nesta área? Haverá oportunidades de negócios para as empresas portuguesas na “Bop”, sobretudo em mercados que nos são culturalmente e linguisticamente mais próximos? As empresas nacionais têm estratégias especificas de internacionalização para atingir este mercado? Poderemos realizar negócios e ao mesmo tempo contribuir para a melhoria das condições de vida desses consumidores? Ou como refere Jeffrey Sacks, estas pessoas são demasiado pobres para merecem ser tratadas como consumidores?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

RTP Internacional, RTP África e os empresários portugueses radicados no estrangeiro

A RTP Internacional anunciou um conjunto de mudanças bastante oportunas nas suas emissões e que se consubstanciam fundamentalmente na adaptação dos programas aos fusos horários dos seus telespectadores, alargamento das horas de emissão, realização de novos programas e na colaboração da RTP Açores e Madeira nos blocos informativos das emissões dirigidas ao Continente Americano.

A RTP Internacional e a RTP África são dois instrumentos fundamentais na divulgação de Portugal no mundo e na relação com a nossa diáspora, estimada em cerca de milhões de pessoas. Vale a pena por isso, reflectir, entre outros aspectos, sobre o papel que estes canais de televisão podem ter na divulgação da imagem externa de Portugal e no promoção dos negócios e das empresas portuguesas.
Pensamos que a RTP Internacional e a RTP África podem ter um papel determinante no estímulo do relacionamento comercial, e até de investimento, entre o tecido empresarial nacional e os empresários portugueses radicados no exterior. Para isso, é necessário que estes empresários se conheçam melhor e que se relacionem mais. Assim, e nas grelhas de novos programas que estão a ser estudadas, valeria a pena (1) alargar o espaço de noticias sobre a economia e as empresas portuguesas com a apresentação dos nossos “campeões nacionais”, como chegou a ser feito recentemente na SIC com o programa "Sucesso.pt" do jornalista Luís Ferreira Lopes; (2) prever que o novo programa da RTP Internacional, “Filhos da Nação”, possa dedicar especial atenção aos empresários que mais se destacaram na diáspora portuguesa (têm um bom ponto de partida que é a “long-list” de empreendedores do último Prémio COTEC); (3) e estreitar o relacionamento institucional entre os 2 referidos canais públicos e as entidades portuguesas directamente envolvidas na promoção económica externa de Portugal.

Estudo da Universidade de Navarra considera Lionel Messi, o jogador mais mediático da temporada 2008/2009


Lionel Messi, com 21,9 pontos, foi considerado o jogador mais mediático da temporada 2008/2009, segundo um estudo realizado pelo “Grupo de Investigacíon en Economia, Deporte e Intangibles” da Universidade de Navarra (Espanha). Logo a seguir surge Cristiano Ronaldo, com 21 pontos, que ocupou o ano passado o 1º lugar deste ranking.

Este estudo também identifica e avalia os futebolistas mais caros da actualidade, sendo neste caso a classsificação liderada por Cristiano Ronaldo (82 milhões de Euros), seguido de Lionel Messi (80 milhões de Euros) e Fernando Torres (67 milhões de Euros).

Em relação ao ranking dos clubes mais mediáticos, pelo Barcelona é o primeiro classificado (86,2 pontos), seguido do Manchester United (86,o), Chelsea (58,5), A.C. Milan (49,8), Real Madrid (48,5), Liverpool (47,0), Inter Milan (39,5), Arsenal (36,9), Bayern (30,9) e Juventus (26,1).

O CDE e Portugal

O CDE – Centre pour le Centre pour le Développement de l’Entreprise (CDE), acaba de lançar ao último número da sua newsletter institucional.

O CDE, herdeiro de algumas das funções do antigo CDI-Centro para o Desenvolvimento Industrial é uma instituição conjunta do Grupo de Estados ACP (África, Caraíbas e Pacifico) e de União Europeia, criada no âmbito do Acordo de Cotonou, e tem por objectivo o desenvolvimento das empresas privadas do países ACP.
Para concretizar a sua missão, o CDE é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento.

Ao nível dos programas de apoio ao sector privado, o CDE actua em estreita ligação com a Comissão Europeia, Secretariado do Grupo de Estados ACP e Banco Europeu de investimentos, para além de gerir, sob supervisão da EuropeAID/AIDCO, o programa Pro€Invest, programa de partenariado UE-ACP, que tem uma dotação de 110 milhões de Euros.

Até ao aparecimento do CDE, Portugal era o país da União Europeia com maior número de projectos co-financiados pelo CDI – Centro para o Desenvolvimento Industrial, com uma quota de cerca de 20% do total de projectos, e chegou inclusive a ter um Director português.
Actualmente, e segundo consta do site do CDE , esta entidade tem 7 parceiros em Portugal: Caixa Geral de Depósitos, Banco BPI, Millennium/BCP, AICEP, ELO, CPLP e IPAD.

Exportações de vinhos: Espanha ultrapassa França

Em 2008, as exportações de vinhos espanhóis ultrapassaram as francesas, em termos de volume. Nesse ano, os espanhóis venderam 1 690 milhões de litros por um valor de 1 994 milhões de euros, o que representou um crescimento de 8,5%, em termos de volume, e de 8%, em valor, em relação ao ano de 2007.

Na sequência destes resultados a Espanha tornou-se o 2º exportador mundial de vinhos, em volume, atrás da Itália. Em valor, França continua a liderar as exportações mundiais deste produto.
No caso de Espanha, os resultados que estão a ser alcançados vêm premiar a estratégia que tem sido implementada, nos últimos anos, pelo ICEX - Instituto de Comércio Externo de Espanha e pelas agências regionais de promoção das exportações ligadas às Comunidades Autónomas produtoras de vinhos. Ou seja, de uma forma bastante articulada têm vindo a promover a chamada "cozinha espanhola" que se tem traduz na realização de acções envolvendo a promoção de vinhos juntamente com a de outros produtos alimentares "Made in Spain", como os queijos, presuntos, charcutaria variada, azeite e azeitonas, entre outros. Como acções "umbrella", o ICEX dispõe de programas de formação internacional em "cozinha espanhola" para "chefs" de todo o mundo, o que faz que com hoje existam restaurantes de "tapas" em qualquer grande cidade (a par do que se verifica com os restaurantes italianos ou franceses esta é uma forma de promoção e venda de produtos alimentares espanhóis).

sábado, 20 de junho de 2009

Crise internacional está a afectar exportações de vinhos franceses

Segundo dados da Federação Francesa de Vinhos, anunciados na recente edição da feira VINEXPO (Bordéus), as exportações de vinhos franceses deverão diminuir cerca de 20%, em 2009, com as quebras a fazerem-se sentir, fundamentalmente, nos mercados do Reino Unido e dos EUA. Resultados animadores vêm sobretudo da Ásia. Para além disso, um estudo da SOPEXA - entidade de apoio às exportações de vinhos e produtos alimentares franceses, revela que, devido ao preço de venda, os vinhos deste país estão a enfrentar problemas de atractividade nos mercados internacionais, mas que são, todavia, atenuados pela grande notoriedade e imagem internacional este produto.
Mais oportunidades para os vinhos portugueses nos mercados do Reino Unido e dos EUA, países "core" do relatório Porter?

E-Readiness Ranking'2009: Portugal perde uma posição

Na edição deste ano do ranking "e-readiness", elaborado pelo Economist Intelligence Unit (EIU), Portugal está classificado na 28ª posição , perdendo um lugar em relação a 2008.
Este ranking de 70 países é liderado pela Dinamarca, seguida da Suécia, Holanda, Noruega, EUA, Austrália e Singapura.
Este indicador mede o ambiente de negócios para "e-business" em cada país, a forma como familias e empresas consomem produtos e serviços na área das tecnologias de informação e também os factores indiciadores se um determinado mercado está ou não preparado para explorar as oportunidades no âmbito da Internet.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Recursos linguísticos e expansão internacional das empresas


Face à crescente relevância da interdependência entre recursos linguísticos e interculturais e negócios, a Direcção-Geral de Educação e Cultura da Comissão Europeia promoveu, em Dezembro de 2005, um estudo designado por “ELAN – Effects on the European Economy of Shortages of Foreign Language Skills in Entreprise”.Este trabalho foi realizado pelo CILT – The National Center for Languages (Reino Unido) e teve por base um inquérito efectuado a cerca de 2000 PME’s exportadoras de 29 países europeus (União Europeia, EEA e países candidatos) com o objectivo de recolher informações sobre “language skills, intercultural competence, awareness of language strategies, loss of business owing to lack of languega skills, future exporting intentions and hence projected requirements for further language skills”. O “ELAN” constata, fundamentalmente, que se perdeu um número significativo de oportunidades de negócios em resultado directo da escassez de competências linguísticas e interculturais - cerca de 11% (195 PME’s) das empresas inquiridas referiram que perderam contratos pelo referido motivo – e que em 13 dos 29 países analisados cerca de 50% das empresas da amostra indicaram que vão necessitar de alargar o domínio de línguas, a curto prazo, devido ao facto de pretenderem penetrar em novos mercados (sobretudo mercados emergentes).

Para além disto, este estudo conclui ainda que:
- “ It is possible to construct economic models and measure the impact of language skills on business performance.

- From the results gathered in this survey it is possible to conclude that SMEs having a language strategy and using a mix of native speakers, language-skilled employees and specialist translators will have a significantly higher proportion of export business than those which do not use these language management techniques.

- English is important as the world business language, but other languages are used extensively as intermediary languages and businesses are aware of the need for a range of other languages in relationship-building.

- The increased demand for language skills will come from an average of 42% of companies across Europe as a whole. This level of changing demand will not be easily catered for by current national educational provision.
- Smaller SMEs in particular lack the resource to make forward investment in language skills and may therefore be a legitimate and necessary target for intervention measures.

- Investment in the development of language skills across the EU would produce economic benefits, with positive impact on SME productivity and export performance.

- These investments are an essential factor in enabling the EU to compete on the basis of skills and knowledge rather than on the basis of low costs.”

Ainda antes da publicação deste relatório da Comissão Europeia, um trabalho de T. Lautanen (“Modelling small firms' decision to export - Evidence from manufacturing firms in Finland, 1995, Small Business Economics, Vol. 14, No. 2, pp107-124), realizado, no ano 2000, junto de 76 PME’s industriais finlandesas havia concluído que o desenvolvimento das exportações destas empresas foi directamente influenciado pela existência de competências linguísticas e interculturais, sobretudo ao nível dos dirigentes das empresas, e que se os empresários dominassem duas línguas estrangeiras, em vez de uma, a possibilidade de adoptarem uma estratégia de exportação na sua empresa aumentava em cerca de 40% (“English is not enough”).

Mais recentemente, e por iniciativa de Leonard Orban, Comissário romeno responsável pela pasta do Multilinguismo na Comissão Europeia, foi criado o Business Forum on Multilingualism que já apresentou um conjunto de recomendações sobre esta problemática à Comissão Europeia .

Em Outubro de 2008, a Comissão Europeia torna a pronunciar-se sobre este assunto (ver documento ) que vem alertar para a necessidade da utilização estratégica das línguas como factor de competitividade da União Europeia (o objectivo da Cimeira de Barcelona apontava para o domínio da língua-mãe, mais duas línguas). Neste novo relatório são apresentadas um conjunto de recomendações aos Estados-membos em relação a este tema, reforçando-se a orientação de que a melhoria dos recursos linguísticos e interculturais da população da UE poderá contribuir para a sustentabilidade e crescimento das exportações das PME’s europeias, maior integração social (a UE tem actualmente 500 milhões de habitantes, 27 Estados Membros, 3 alfabetos, 23 línguas oficiais e 63 outras línguas fazem parte da herança cultural europeia falando-se em grupos ou regiões especificas), aumento da mobilidade profissional (10 milhões de europeus trabalham em outros Estados-Membros) e até como garantia de empregos melhor remunerados.

E em Portugal que reflexão tem existido sobre este assunto, sobretudo ao nível empresarial? Que consequências têm tido estas debilidades na expansão internacional das empresas nacionais, nomeadamente das pequenas e médias empresas? Que medidas têm sido tomadas para corrigir estes problemas? Numa época de crescente relevância internacional dos chamados mercados emergentes e de aposta na diversificação dos países de exportação e de investimento, estarão as empresas portuguesas habilitadas, com as necessárias competências linguisticas e interculturais, para enfrentarem estes desafios?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Junta da Extremadura abre representação em Portugal

A Junta da Extremadura inaugurou hoje a sua delegação em Portugal. Esta pequena “embaixada” da mais “portuguesa” das Comunidades espanholas, está situada no Restelo, em Lisboa, e vai alojar, para além do representante oficial do governo regional em Portugal, um conjunto de empresas e entidades ligadas à promoção económica externa desta região, tais como a TurExtremadura (promoção turística), Fomento de Mercados da Extremadura (promoção das exportações) e Sofiex (investimentos e capital de risco).
Trata-se de um importante sinal politico do governo regional liderado por Guillermo Fernández Vara, um médico natural de Olivença, que consubstancia a forte vontade de reforçar o relacionamento com Portugal, a todos os níveis, e de dar a conhecer esta região espanhola.

Crise não afecta expansão internacional das empresas da América Latina e Caribe

A crise internacional não está a condicionar a expansão e os investimentos internacionais das empresas multinacionais da América Latina e Caribe, segundo é revelado no relatório “La inversión extranjera directa en América Latina y el Caribe 2008” do CEPAL (Comissão Económica para a América Latina e Caribe das Nações Unidas) -. O investimento no estrangeiro das chamadas “"translatinas" atingiu, em 2008, 35 561 milhões de USD, o que representou um crescimento de 42% em relação ao ano de 2007. Os resultados alcançados em 2008 foram os melhores de sempre, só ultrapassados pelo valor dos investimentos no exterior realizados em 2006 (42 986 milhões de USD).

As 15 maiores empresas da América Latina e Caribe (2007)

Empresa - País de origem - Vendas 2007 (Em milhões de USD) - Sectores

1. PDVSA (Venezuela), 110 000, Petróleo/Gas

2. PETROBRAS (Brasil), 87 476, Petróleo/Gas

3. AMÉRICA MÓVIL/TELMEX (México), 41,221, Telecomunicaciones

4. BRASKEM (Brasil), 9 981, Petroquímica

5. GRUPO ALFA (México), 9 750, Diversificado

6. CENCOSUD (Chile), 7 623, Comercio minorista

7. TECHINT (Argentina), 39 770, Siderurgia/Metalurgia

8. CIA. VALE DO RIO DOCE (Brasil), 33 115, Minería

9. BANCO ITAÚ (Brasil), 31 195, Banca

10. CEMEX (México), 21 673, Cemento

11. MEXICHEM (México), 21 170, Petroquímica

12. GRUPO MODELO (México), 17 291, Bebidas

13. GERDAU (Brasil), 17 283, Siderurgia/Metalurgia

14. FEMSA (México), 16 453, Bebidas

15. GRUPO VOTORANTIM (Brasil), 13 589 Cemento, minería, acero y otros

Fonte: CEPAL

Em 2008, o Brasil foi o maior investidor latino-americano no estrangeiro com 20 457 milhões de USD (61% de total), principalmente nos sectores dos recursos naturais, siderurgia e alimentos, seguido do Chile (6 891 milhões de USD) e da Venezuela (2.757 milhões de USD).
Em função destes dados, as instituições portuguesas deverão estar particularmente atentas à actividade das "translatinas", nomeadamente às de origem brasileira e mexicana.



quarta-feira, 17 de junho de 2009

How to stimulate creativity? Go live abroad

As pessoas que vivem fora do seu país são mais criativas e quanto mais tempo viverem fora, mais criativas se tornam. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pelos Profs. William Maddux (INSEAD) e Adam Galisnky (Northwestern University).

Mota-Engil e Angola

O Grupo Mota-Engil acabou de anunciar uma parceria com a Sonangol e com o Banco Privado do Atlântico, entidade financeira também ligada à Sonangol, que se vai consubstanciar, numa primeira fase, na criação de uma nova empresa de capitais luso-angolanos que vai reunir todos os actuais activos da sucursal desta construtora em Angola. Trata-se de uma decisão que vai permitir alavancar a já forte presença do grupo português neste mercado e melhorar a sua competitividade em relação a concorrentes sul-africanos, brasileiros, chineses e portugueses. Depois da banca, parece chegar agora a vez do cruzamento de participações entre interesses angolanos e portugueses às grandes construtoras nacionais presentes em Angola. Face a este anúncio, como irão reagir a Teixeira Duarte e a Soares da Costa, empresas com uma presença histórica em Angola e actualmente muito dependentes da facturação obtida neste país?

Bulgária

Depois da Efacec, agora é a vez da Teixeira Duarte também anunciar que pretende entrar no mercado da Bulgária. Será que é desta que este país da União Europeia vai passar a constar das agenda de internacionalização das empresas portuguesas? O "efeito demonstração" destas duas empresas poderá suscitar o interesse de outras neste mercado? Por ora a Bulgária é o 60º cliente de Portugal. Em 2008, as vendas nacionais à Bulgária atingiram 27,1 milhões de euros enquanto as importações foram mais modestas e tiveram um valor de 17,3 milhões de euros. Quanto ao investimento português existirão meia dúzia de empresas instaladas neste mercado, ao contrário, por exemplo, da forte presença firmas nacionais no mercado vizinho, e de maior dimensão, da Roménia. Portugal tem uma Embaixada em Sofia e a AICEP não possui representação neste país.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Turismo e TAP apostam na Europa Central e Oriental


Depois de vários anos de estudos e análises, a TAP vai finalmente iniciar (ou nalguns casos reiniciar), no corrente mês, as ligações aéreas regulares para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia.

Para apoiar e potenciar esta iniciativa, o Governo vai investir 1,12 milhões de euros - 500 mil euros em Moscovo, 417 mil euros em Varsóvia e 200 mil euros em Helsínquia - na promoção de Portugal nessas três cidades, no âmbito de um contrato de promoção, com a duração de três anos, assinado entre o Turismo de Portugal, TAP, ANA e a Associação de Turismo de Lisboa.

Os países da Europa Central e Oriental (não incluindo nesta análise a Finlândia) são mercados ainda marginais para a oferta turística portuguesa mas que apresentam um enorme potencial de crescimento, conforme se tem vindo a constatar desde 2003/2004 em termos do número de hóspedes e de dormidas na hotelaria portuguesa. O destino Portugal goza de boa imagem e os voos directos entre Portugal e os 4 principais mercados emissores (Hungria, Polónia, Rep. Checa e Rússia), complementados com esta aposta promocional, vão com certeza contribuir para um incremento significativo do número de turistas desta região em Portugal.

No primeiro trimestre de 2009, a Hungria, Polónia, Rep. Checa e Rússia foram responsáveis por 81 814 dormidas na hotelaria global portuguesa, referentes a 23 242 hóspedes.
Em relação ao período homólogo do ano anterior (1º trimestre de 2008), e no contexto dos 22 mercados emissores internacionais acompanhados regularmente pelo Turismo de Portugal, a Polónia foi o único país a apresentar um crescimento positivo ao nível dos hóspedes (11,9%) e, juntamente com a Noruega, das dormidas (5,9%) na hotelaria global portuguesa.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Governo espanhol lança medidas de apoio às exportações

No âmbito do Plano de Estimulo à Economia e Emprego, anunciado recentemente pelo governo espanhol, foi dada particular atenção à política de relançamento e de promoção das exportações.

Para tornar as empresas espanholas mais competitivas nos mercados externos, foram lançadas um conjunto de medidas de âmbito financeiro e não-financeiro. Entre estas, destacam-se as propostas de incentivo à concessão de crédito à exportação, plano de apoio ao financiamento de projectos de infraestruturas em África, flexibilização das condições de acesso ao seguro de crédito à exportação, apoio financeiro a projectos de investimento espanhol no exterior, realização de acções de abordagem aos chamados "fundos soberanos", lançamento do Plano LICITA com vista a melhor aproveitar as oportunidades de negócios existentes nas entidades multilaterais de financiamento, criação de um Centro de Apoio ao Investidor , melhoria do portal de informação sobre barreiras ao comércio externo, alargamento do plano de formação e capacitação sobre temáticas ligadas ao comércio e investimento e à penetração económica em mercados externos, entre outras medidas.

Mais informações sobre este Plano do governo espanhol podem ser consultadas aqui.

Câmara de Comércio Polónia-Portugal: um exemplo na promoção de Portugal nos Países da Europa Central e Oriental

Para quem pretende acompanhar com atenção a evolução da economia polaca e das empresas portuguesas na Polónia não pode deixar de visitar o excelente site da Câmara de Comércio Polónia-Portugal, sediada em Varsóvia. Trata-se de uma jovem e muito dinâmica associação empresarial que conta nesta altura com cerca de 50 associados. É dirigida por um conjunto de gestores e empresários portugueses de grande qualidade e nível internacional bastante empenhados no reforço do relacionamento económico bilateral e na promoção da economia e das empresas portuguesas no maior país dos últimos dois alargamentos da União Europeia. O Presidente da Câmara de Comércio Polónia-Portugal é Pedro Silva, Director-Geral da Biedronka, empresa polaca de distribuição alimentar do Grupo Jerónimo Martins.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Empresas e entidades chinesas duplicam valor dos investimentos no exterior

Em 2008, o investimento directo estrangeiro global deverá diminuir perto de 20%, mas o investimento directo da China no exterior prevê-se que venha a duplicar, segundo um estudo realizado por Ken Davies do Vale Columbia Center on Sustainable International Investment.


Na sequência de uma decisões tomadas pelo governo chinês, a China tornou-se, a partir de 2000, um “international player” enquanto emissor de investimento directo estrangeiro, e não apenas receptor, conforme se poderá constatar dos dados abaixo apresentados:

1982-1989 – 453 milhões de USD
1990-1999 – 2,3 mil milhões de USD
2004 – 5,5 mil milhões de USD
2005 – 12,3 mil milhões de USD
2006 – 17,6 mil milhões de USD
2007 – 24,8 mil milhões de USD
2008 – 40,7 mil milhões de USD (estimativa)

Fonte: Vale Columbia Center on Sustainable International Investment


Se incluirmos, em 2008, os investimentos financeiros (não contabilizáveis até 2006), o total de investimentos chineses no exterior atingiria 52,2 mil milhões de USD, ou seja quase o dobro dos 26,5 mil milhões de USD investimentos (inclui investimentos financeiros) efectuados em 2007.

Em 2009, e apesar da crise económica e financeira internacional, esta tendência deverá manter-se, como aliás comprovam as últimas noticias sobre investimentos chineses na Austrália (sobretudo no sector dos recursos naturais) e nos EUA.

Segundo Ken Davies do Vale Columbia Center on Sustainable International Investment, os “key drivers” que explicam esta situação são os seguintes: “(1) One of the most reported motivations in the international media and in some academic writing is China’s need to secure natural resources to fuel rapid growth, though this is actually not the most significant area of China’s outward investment, which is service industry. Government backing, including official development assistance (ODA), has been crucial for this resource-seeking investment. (2) While most of China’s exports are from foreign-owned enterprises, large domestic firms also export large volumes and need services like shipping and insurance. (3) China’s major enterprises are also acquiring global brands (like Lenovo’s acquisition of IBM’s personal computer business or the SAIC and Nanjing purchase of MG Rover). (4) Large state-owned enterprises (SOEs) losing their monopoly position at home are diversifying internationally. And (5) some enterprises – despite China’s ample labour supply – seek to move their labour intensive operations to cheaper overseas locations like Vietnam and Africa.”
Em termos geográficos, e apesar de imprensa abordar com regularidade o tema dos investimentos chineses em Africa, o Continente Africano representou, até finais de 2007, apenas 4% do total de IDE acumulado chinês no exterior. Os principais destinos do IDE chinês foram o Continente Asiático ( 67% do total), América Latina (21%), Europa (4%), América do Norte (3%) e Oceânia (2%). Por outro lado, grande parte destes investimentos são originários das províncias e municípios costeiros da China, já por si bastante envolvidos no comércio internacional, como são os casos de Guangdong (20% do total e também o maior receptor de IDE na China), Zhejiang (8%) e Shandong (8%).

Em face deste quadro de referência, e apesar do IDE chinês no exterior ainda representar pouco mais de 1% do total mundial de IDE, parece-nos que as entidades oficiais e as empresas portuguesas deverão estar particularmente atentas a esta nova realidade, devendo abordar e procurar sensibilizar, de uma forma regular, os dirigentes politicos e os responsáveis das principais multinacionais chineses para as potencialidades da economia e das firmas nacionais, não esquecendo também a promoção das oportunidades de cooperação empresarial e de realização de parcerias em terceiros mercados.

A propósito das diversas sessões e seminários sobre o relacionamento económico e comercial Portugal-Angola

Sucedem-se por todo o país os seminários e as sessões de informação e divulgação dirigidas a empresários sobre as oportunidades de negócios existentes em Angola e o relacionamento económico Portugal/Angola. São iniciativas que têm utilidade , organizadas, fundamentalmente, por associações empresariais, câmaras municipais, instituições bancárias, câmaras de comércio e entidades públicas com responsabilidades nesta área, e onde se costuma abordar de uma forma muito genérica e homogénea a realidade económica e empresarial daquele importante país de língua oficial portuguesa (os temas dos seminários são geralmente "Como Investir em Angola", "Como fazer negócios com Angola", "Oportunidades de Negócios em Angola", entre outros) . No entanto, parece-nos que na actual fase de desenvolvimento deste país, urge mudar o formato e a orientação de algumas destas acções. Ou seja, como já tem vindo a ser prosseguido e percebido por algumas associações empresariais e entidades nacionais, dever-se-á privilegiar nestas sessões uma abordagem do mercado angolano que coloque o enfoque na dupla perspectiva da promoção das exportações e do investimento português e, por outro, na dimensão regional e sectorial do mesmo. Assim, passariamos a dinamizar iniciativas que abordassem conjuntamente o tema das oportunidades de negócios/investimentos nas várias províncias angolanas, com destaque para Luanda, Benguela, Huila, Huambo, Cabinda, Namibe, Kwanza Sul, Bengo e Bié, e/ou sobre sectores específicos dessas provincias (por exemplo, o sector agro-alimentar na Huíla, sector das madeiras em Cabinda, sector os materiais de construção em Benguela, sector das tecnologias de informação em Luanda, etc..). Este é um dos vários caminhos que temos que seguir se quisermos continuar a ter uma posição económica relevante no mercado angolano.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Banco Asiático de Desenvolvimento tem novo economista-chefe

O Banco Asiático de Desenvolvimento, com sede em Manila (Filipinas), tem um novo economista-chefe. Trata-se do Dr. Jong-Wha Lee, de nacionalidade sul coreana e diplomado em Harvard. Portugal. Portugal é um dos accionistas deste entidade multilateral de financiamento, sendo representado no "Board of Directors" por João Simões de Almeida (Alternate Executive Director), mas até à data tem sido bastante reduzida a intervenção de empresas e entidades portuguesas em projectos financiados pelo Banco Asiático de Desenvolvimento.

sábado, 6 de junho de 2009

Portugal e Espanha ou Espanha, Espanha, Espanha




Espanha é e deve continuar a ser uma das primeiras prioridades da política económica externa portuguesa independentemente dos perfis dos governos que liderarem os dois países ou até da crise económica que está a afectar, significativamente, as economias espanhola (depois de muitos anos de grande crescimento e expansão) e portuguesa. Senão vejamos alguns dados sobre a interdependência das duas economias tendo como referência o ano de 2008:
- As exportações espanholas para Portugal atingiram 16 545 milhões de Euros, segundo o INE - Instituto Nacional de Estatística de Espanha. As vendas portuguesas para Espanha ficaram-se pelos 9 216 milhões de Euros. Estes valores indicam um saldo desfavorável para Portugal de 7 329 milhões de Euros. Para outros países europeus de dimensão semelhante a Portugal, as exportações espanholas não têm o mesmo significado. Vejam-se os casos da da Bélgica (5 617 milhões de Euros), Suécia ( 1 641 milhões de Euros) ou Rep. Checa (1 445 milhões de Euros).
- As exportações espanholas para Portugal (16 545 milhões de Euros) são bastante superiores às vendas de Espanha para toda a América Latina (8 541 milhões de Euros) e não ficam muito longe do total das exportações espanholas paera todo o Continente Americano (17 885 milhões de Euros) - América do Norte (8 541 milhões de Euros), América Latina (9 079 milhões de Euros) e resto da América (265 milhões de Euros).
- Espanha foi o 1º cliente (27,2% do total) e o 1º fornecedor de Portugal (30,8% do total), enquanto Portugal foi o 3º cliente (8,7%) e o 9º fornecedor (3,3%) de Espanha.
- Ao nível da balança comercial de serviços, Espanha posicionou-se como o 2º mercado cliente dos serviços portugueses (a seguir ao Reino Unido), tendo absorvido 15,4% das vendas totais ao exterior, e foi o 1º fornecedor de serviços ao nosso país (25,2% das chegadas totais de serviços).
- Ao nível do investimento directo estrangeiro (IDE), Espanha foi o 4º maior investidor em Portugal (com 13,1% do total do IDE), depois de já ter ocupado o primeiro lugar em 2004. Segundo o Banco de Portugal, o montante do investimento directo espanhol em Portugal, em termos brutos, totalizou perto de 4.043 milhões de euros em 2008, evidenciando um acréscimo de 3,4% face ao ano anterior. Estima-se que operem em Portugal cerca de 1 200 empresas com capitais espanhóis.
- Por outro lado, enquanto destino do investimento português no exterior (IDPE), Espanha posicionou-se em 2º lugar no último ano (15,9% do total do IDPE). O investimento directo de Portugal em Espanha, segundo o Banco de Portugal, foi de 1.460 milhões de euros (-7,7% face a 2007). Segundo dados da AICEP existem actualmente 320 empresas portuguesas instaladas em Espanha.
- Em relação ao turismo, Espanha ocupa também uma posição preponderante como mercado emissor de turistas para Portugal. No período 2004-2008, o país vizinho manteve, em todos os anos, o 2º lugar no ranking dos principais mercados emissores. Em 2008, o número de hóspedes espanhóis na hotelaria global portuguesa atingiu 1,3 milhões (quota de 18,3% do total). Por seu lado, Espanha, com 3,1 milhões de dormidas (quota de 11,7%), ocupou o 3.º lugar no ranking das dormidas na hotelaria global.
Para além de outras justificações de ordem politica e estratégica, estes são elementos que não devemos negligenciar e que atestam a relevância do mercado espanhol para Portugal e vice-versa. Não nos devemos também esquecer que Portugal é uma prioridade estratégica para Espanha e o espaço natural, e nalguns casos inicial, de expansão internacional das empresas espanholas.

Fundos soberanos da Líbia

Numa altura em que a Líbia surge como um dos mercados de aposta da diplomacia económica portuguesa e em que capitais líbios demonstram interesse em investir e/ou tomar posições em empresas portuguesas, a UBIFRANCE, entidade francesa congénere da AICEP, vai organizar no próximo dia 15 de Junho, em Paris, um seminário designado por "Comment travailler avec les fonds d'investissement libyens en Libye, Afrique et Europe ?". Esta acção dirigida exclusivamente a empresários franceses pretende divulgar as estratégias, mercados e sectores prioritários, procedimentos e formas de acesso aos vários fundos soberanos libios - Libya Africa Investment Portfolio (LAIP), Libyan Foreign Investment Company (LAFICO), Libyan African Investment Company (LAICO), Economic and Social Development Fund (ESDF) - que dispõem nesta altura de cerca de 135 mil milhões de Euros de liquidez para realizarem projectos no exterior.